Jornal Estado de Minas

SUL DE MINAS

COVID-19: júris presenciais são retomados em Varginha com crime de feminicídio

As sessões presenciais de julgamento de réus do Tribunal de Júri da Comarca de Varginha, no Sul de Minas, foram retomadas nesta terça-feira (25). De acordo com a assessoria de imprensa, o júri popular é sobre um crime de feminicídio, que teve muita repercussão na cidade. 

 

Primeira audiência acontece no auditório da Faculdade de Direito de Varginha (FADIVA) (foto: Google Street View)
As atividades vão seguir as medidas de prevenção contra o novo coronavírus. “Como é necessário um espaço mais amplo para os trabalhos, a primeira audiência acontece no auditório da Faculdade de Direito de Varginha (FADIVA)”, afirma nota enviada pela assessoria.





 

De acordo com a nota, apenas familiares da vítima, do réu e estudantes de direito tiveram a entrada permitida e, ainda assim, respeitando o distanciamento mínimo.

 

O caso vai ser decidido pelo juiz José Paulino de Freitas Neto, da 2ª Vara Criminal de Varginha.

 

CRIME

 

Luciano Eduardo Inácio vai a júri popular pela morte da ex-companheira (foto: TV Alterosa Sul de Minas)
O motoboy Luciano Eduardo Inácio é suspeito de matar a ex-companheira, Ana Caroline Anselmo da Silva, de 24 anos. De acordo com a polícia, a jovem morreu após levar várias facadas, em abril do ano passado. Tudo aconteceu dentro da casa da vítima, no Bairro Vila Mendes.

 

As investigações apontaram que Ana Caroline e Luciano moraram juntos por três meses. Na época do crime, eles tinham se separado, mas o suspeito não teria aceitado o fim do relacionamento. Segundo a polícia, a jovem foi surpreendida na garagem de casa, quando voltava da padaria. Ana Carolina teria sido morta em frente dos filhos.

 

Ainda de acordo com a polícia, Luciano fugiu após o crime e se apresentou na Delegacia de Polícia Civil de Varginha dois dias após ter cometido o assassinato. “Durante o interrogatório, ele confessou o caso. Disse que queria reatar o relacionamento, mas não conseguiu. As discussões começaram no dia anterior ao crime”, explica a delegada, Geny Rodrigues Azevedo.

 

Esse caso foi o primeiro feminicídio que aconteceu em 2019 na cidade.