Cinco das nove regiões de Belo Horizonte já perderam ao menos 100 vidas para a COVID-19. São elas: Venda Nova (120), Nordeste (113), Noroeste (110), Oeste (105) e Barreiro (100). Os números são do boletim epidemiológico e assistencial divulgado pela prefeitura nesta terça-feira (25).
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Na comparação com o levantamento dessa segunda-feira (24), houve aumento de nove mortes no contexto geral. E o número pode aumentar, já que há 70 óbitos com suspeita de ter como causa o novo coronavírus.
Também houve crescimento na quantidade de casos confirmados da COVID-19 em BH: de 31.461 para 31.840, uma diferença de 379 entre os dois últimos balanços. Além dos 892 mortos, há 2.989 diagnósticos ativos da virose e 27.959 pacientes já recuperados.
Quanto ao perfil das vítimas, são 493 homens e 399 mulheres que perderam a vida pela doença em Belo Horizonte. A maioria deles, 82,1% (724), era formada por idosos. Outros 15,6% (138) tinham entre 40 e 59 anos; e 2,3% (21) entre 20 e 39 anos.
Quanto à cor, 49,8% das pessoas diagnosticadas com casos graves eram pardas, 25,6% brancas, 9,3% pretas e 0,9% amarelas. De acordo com a PBH, 14,3% não tem cor especificada ainda.
Além disso, 97,5% dos óbitos são de pessoas com fator de risco, segundo a prefeitura. Apenas 22 mortes sem comorbidades: 18 homens e quatro mulheres. A idade, cardiopatia, diabetes, pneumopatia, obesidade, nefropatia e doenças neurológicas são as comorbidades mais comuns.
Leitos e transmissão
A velocidade de contágio pelo novo coronavírus, o chamado fator RT, voltou a cair em Belo Horizonte no boletim desta terça. Segundo a prefeitura, o parâmetro mais recente é de 0,95 nova infecção por cada diagnóstico de COVID-19 entre moradores da capital.
As taxas de ocupação dos leitos de UTI e de enfermaria para a doença também caíram. Na terapia intensiva, a queda foi de 56% para 54,3%. Já nas unidades para casos menos graves da virose o decréscimo foi de 49,1% para 48,2%.
Com isso, dois dos três indicadores usados pela prefeitura para tomar decisões como restringir ou abrir o comércio estão no estágio verde, o mais controlado da escala de risco. Isso vale para a ocupação das enfermarias (abaixo de 50%) e para a velocidade de transmissão (menor que 1).
Já a taxa de uso das UTIs permanece no cenário intermediário, já que o dado está entre 50% e 69%.
Vale ressaltar que a Prefeitura de BH mudou a metodologia de análise da ocupação dos leitos no início do mês.
Assim, deixou-se de considerar apenas a rede SUS para também contabilizar as unidades situadas em hospitais privados.
No setor público, as taxas de uso são mais altas que o quadro da rede suplementar nos dois tipos de leitos: 53,1% nas enfermarias e 58,5% nas UTIs – ambos os indicadores na zona amarela.