Escolas devem ser incluídas no programa estadual de flexibilização Minas Consciente. A informação é da presidente do Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinep-MG), Zuleica Reis, que participou na tarde desta terça-feira (25) de uma reunião com o Comitê Extraordinário COVID-19 do governo de Minas, na Cidade Administrativa.
“Não foi mencionado em qual onda do plano as escolas se incluiriam, nem a data concreta de quando isso poderia acontecer”, disse Zuleica, ressaltando que o Comitê prometeu incluir as escolas na retomada com prioridade e, “assim que possível, com foco na educação infantil”.
O Sinep-MG apontou preocupação com o surgimento de escolas clandestinas desse segmento educacional, como também o surgimento de “hotéis” para crianças, que funcionam no tempo em que os pais estão no trabalho, o que o sindicato sinaliza como risco para a segurança e a saúde dos estudantes.
“O Sinep-MG também trouxe a preocupação com a saúde mental dos alunos, que tem apresentado, segundo as próprias escolas e professores, aumento da ansiedade e depressão”, informou.
A expectativa do sindicato era de que fosse sinalizada uma previsão de retorno das atividades para que as escolas possam organizar seus calendários e os pais terem informações quanto ao ano letivo e às férias escolares. Mesmo ainda sem data prevista, o Sinep-MG disse que permanece junto aos órgãos públicos, “não por um retorno a qualquer custo, mas no compartilhamento de informação e à espera de uma previsão segura para a retomada das atividades”. Confira a nota divulgada pela entidade:
“Em mais de cinco meses de paralisação das aulas presenciais em Minas Gerais, o poder público não fez nenhuma menção a uma provável data de retorno, como ocorreu em diversos Estados que fazem o monitoramento diário e contínuo dos casos e dos índices de contaminação nas regiões. Uma previsão é fundamental para que as escolas e as famílias possam se organizar com antecedência. Como dito em todos os nossos comunicados enviados para as autoridades, poder público, diretores, professores, famílias e estudantes, o SinepMG não pretende antecipar ou pressionar o retorno das aulas presenciais, pois entendemos que essa decisão será definida pelos órgãos oficiais a partir dos dados que possuem da evolução da curva de crescimento e/ou de achatamento da Covid-19. O que se solicita é uma previsão, para que as instituições de ensino e as famílias possam se organizar. Devido à insegurança de muitos pais em levar seus filhos à escola, mesmo quando for possível e autorizado um retorno, o SinepMG defende que o retorno às atividades presenciais possa ser feito de forma opcional, sendo mantido, por opção das famílias em diálogo com as escolas, a continuidade das atividades remotas. No cumprimento de determinações dos órgãos de saúde para garantir o direito à educação com qualidade, à proteção à vida e à saúde de estudantes, professores, funcionários e comunidade escolar, exclusivamente nesse período de excepcionalidade, o retorno, quando autorizado, seria opcional e cada instituição poderia tratar da adesão ou não ao retorno presencial junto às famílias, professores e funcionários, sem prejuízos à saúde e à educação.”