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Estado de Minas PANDEMIA

Campanha arrecada donativos para salvar povos tradicionais e artistas populares no Norte de Minas

Campanha "Juntos com o Norte de Minas, pela vida" reúne esforços para arrecadar doações para vítimas do novo coronavírus


26/08/2020 12:02 - atualizado 26/08/2020 12:36

(foto: Iury Sanches/Divulgação)
(foto: Iury Sanches/Divulgação)
Comunidades tradicionais do Norte de Minas passam por necessidades por causa da crise provocada pela pandemia do coronavírus (COVID-19). Neste sentido, foi iniciada uma campanha de arrecadação de donativos para amenizar a situação das famílias. A iniciativa é da Associação Trupe, entidade do município de Brasília de Minas, que trabalha pela manutenção e difusão da cultura na região.  
 
A campanha é denominada “Juntos com o Norte de Minas, pela vida”. A meta é arrecadar doações para montar cestas, com alimentos e produtos de limpeza e higiene, além de equipamentos de proteção individual (EPIs) para 100 famílias. 
 
De acordo com a entidade responsável pela iniciativa, a pandemia trouxe dificuldades para as populações de geraizeiros, quilombolas e barranqueiros. O coordenador da Associação Trupe, José Ricardo Simões, salienta que as comunidades tradicionais vivem basicamente de produtos artesanais. Com a crise, as famílias não conseguiram mais comercializar o artesanato. 
 
(foto: Divulgação)
(foto: Divulgação)
 
Outro problema é que a maioria dos integrantes das comunidades tradicionais não teve acesso ao auxílio emergencial do governo pela falta de recursos tecnológicos, por não terem computador ou aparelho celular, aponta Simões.  Além disso, segundo ele, muitos geraizeiros, quilombolas e  barranqueiros não possuem sequer o CPF  e moram distante das agências bancárias e dos centros urbanos, o que impede que o problema seja resolvido pessoalmente. 
 
José Ricardo Simões lembra que a região “já carregava o fardo” de ter um baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IIHD), um dos menores do estado. Com a pandemia, a situação das famílias de Brasília de Minas se agravou ainda mais. Ele lembra que as comunidades rurais do município contam com uma “rica cultura humana transcrita por seus fazeres e saberes singulares, os cancioneiros populares, os artesãos, os barranqueiros do vale do São Francisco e as rezadeiras de infinita fé”. 
 
“Quando se fala geraizeiros, diz-se respeito às comunidades do estado de Minas Gerais, fora do eixo econômico, ou seja, não as Minas das matas cismontanas e das terras toucas cafeeiras”, afirma Simões. Ele diz ainda que grupos quilombolas e geraizeiros  da região também “povoam os  barrancos”   do Rio São Francisco”, citando o caso do antigo quilombo do Bom Jardim da Prata, no município de São Francisco. 
 

Falta de acesso à água potável

 
A Associação Trupe salienta que a rápida interiorização da pandemia da COVID-19 atinge de forma diferenciada as populações tradicionais dos pequenos municípios. A entidade lembra que as pequenas cidades não têm uma estrutura adequada para o atendimento aos infectados, incluindo as comunidades tradicionais, que enfrentam dificuldades para o acesso à água potável e ao saneamento básico, sendo mais vulneráveis. 
 

Como colaborar com  a campanha

 
De acordo com a Associação Trupe, a campanha de arrecadação de donativos para as famílias tradicionais atingidas pela crise da pandemia será desenvolvida até 7 de setembro. Os doadores vão receber peças artesanais como retribuição. 
Quem quiser contribuir deve acessar o site clicando aqui


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