Belo Horizonte registrou 21 mortes por COVID-19 nas últimas 24 horas, com salto de 892 para 913 óbitos pela doença no período. Esse é o maior saldo de vidas perdidas computado nesta semana. O dado faz parte do boletim epidemiológico e assistencial divulgado pela prefeitura nesta quarta-feira (26).
Ao mesmo tempo, a cidade registra 32.303 casos da doença: 3.023 em acompanhamento e 28.367 recuperados, além das 913 mortes. A taxa de letalidade (percentual de doentes que morre) é de 2,8%.
E o número de óbitos pode aumentar, já que há 70 mortes suspeitas pela infecção causada pelo novo coronavírus na cidade.
Quanto ao perfil das vítimas, são 507 homens e 406 mulheres que perderam a vida pela doença em Belo Horizonte. A maioria delas, 82% (749), era formada por idosos. Outros 15,7% (143) tinham entre 40 e 59 anos; e 2,3% (21) entre 20 e 39 anos.
Quanto à cor, 50% das pessoas diagnosticadas com casos graves eram pardas, 25,7% brancas, 9,3% pretas e 0,9% amarelas. De acordo com a PBH, 14,1% não tem cor especificada ainda.
Além disso, 97,5% dos óbitos são de pessoas com fator de risco, segundo a prefeitura. Apenas 22 mortes sem comorbidades: 18 homens e quatro mulheres. A idade, cardiopatia, diabetes, pneumopatia, obesidade, nefropatia e doenças neurológicas são as comorbidades mais comuns.
Leitos e transmissão
A taxa de ocupação dos leitos de UTI para COVID-19 voltou a cair em BH: de 54,3% para 53,6%. Já nas unidades para casos menos graves da virose, os leitos de enfermaria, houve um pequeno aumento no uso: de 48,2% para 48,3%.
Na mesma toada, o número médio de transmissão por infectado, o fator RT, se manteve no mesmo quadro do levantamento anterior: 0,95.
Com isso, dois dos três indicadores usados pela prefeitura para tomar decisões como restringir ou abrir o comércio estão no estágio verde, o mais controlado da escala de risco. Isso vale para a ocupação das enfermarias (abaixo de 50%) e para a velocidade de transmissão (menor que 1).
Já a taxa de uso das UTIs permanece no cenário intermediário, o amarelo, já que o dado está entre 50% e 69%.
Vale ressaltar que a Prefeitura de BH mudou a metodologia de análise da ocupação dos leitos no início do mês.
Assim, deixou-se de considerar apenas a rede SUS para também contabilizar as unidades situadas em hospitais privados.
No setor público, as taxas de uso são mais altas que o quadro da rede suplementar nos dois tipos de leitos: 54,2% nas enfermarias e 57,3% nas UTIs – ambos os indicadores na zona amarela.
Profissionais de saúde
No balanço desta quarta, a prefeitura informa que 1.066 casos positivos da COVID-19 já foram registrados entre os profissionais de saúde da rede SUS. Há 179 em investigação e 5.534 descartados.
Dos 1.066 casos confirmados, a PBH informa a categoria profissional de 527. A função mais prejudicada pela doença é a de técnico de enfermagem (186). Todas as mortes pela doença denunciadas pelo Conselho Municipal de Saúde até aqui são técnicos de enfermagem.