Jornal Estado de Minas

RETOMADA DA ECONOMIA

PBH anuncia reabertura de academias e confirma regras para funcionamento de bares e restaurantes

A Prefeitura de Belo Horizonte anunciou, na manhã desta quinta-feira (27), que a reabertura das academias, centros de treinamento e clínicas de estética será autorizada na capital a partir de segunda (31). A flexibilização também avançou para os bares e restaurantes da cidade, que poderão funcionar em horário ampliado, com venda de bebidas alcoólicas em horários específicos, a partir de 4 de setembro.





As decisões foram comunicadas em entrevista coletiva concedida na sede do executivo municipal, sem a presença do prefeito Alexandre Kalil (PSD). O jornalistas foram recebidos pelo Secretário Municipal de Planejamento e Gestão, André Reis; o Secretário Municipal de Saúde, Jackson Machado Pinto; além dos infectologistas Estevão Urbano e Unaí Tupinambás

As academias e centros de treinamento poderão funcionar todos os dias da semana, sem restrição de horário. No entanto, os praticantes terão que fazer agendamento prévio para poder utilizar as instalações. O distanciamento mínimo, de acordo com o protocolo da PBH, é de uma pessoa a cada 7m²

“Não vamos estabelecer restrição de horários e dias da semana, porque, diferente de outras atividades, eles têm contratado um lote de clientes, e precisam encaixar esse lote. Vai ter que haver uma distribuição das pessoas dentro desses horários durante o dia”, esclareceu André Reis.



Já as clínicas de estética poderão funcionar de terça a sexta, entre 11h e 20h. No sábado, o horário é de 9h às 17h. Em estabelecimentos localizados em shopping centers, a autorização tem que seguir de acordo com o permitido para o centro de compras que, atualmente, é de segunda a sexta, entre 12h e 20h.

Acordo com restaurantes

Nessa quarta (26), uma reunião entre Kalil, a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes em Minas Gerais (Abrasel-MG) e o Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Belo Horizonte e Região Metropolitana (Sindibares), mediada pela Justiça, fixou as regras para ampliação do horário de funcionamento das empresas do setor na capital. O acordo é de que os estabelecimentos podem retomar a venda de bebidas alcoólicas a partir de 4 de setembro, em horários e dias específicos.

De segunda a quinta-feira, o atendimento está liberado de 11 às 15h, sem comércio de álcool. Na sexta, de 11 às 22h, com consumo de bebidas permitido de 17h às 22h. Aos sábados e domingos, o horário de funcionamento é o mesmo: de 11h às 22h, mas com venda de bebidas autorizada por todo o período.  

A decisão é geralmente válida para o período de uma semana. A PBH, no entanto, estendeu os efeitos da flexibilização por mais três dias. As bebidas alcóolicas, portanto, poderão ser servidas nos dias 4, 5, 6, 11, 12 e 13 de setembro. 





Processo de flexibilização

Depois de flexibilizar a quarentena e liberar o funcionamento de alguns setores do comércio varejista entre 25 de maio e 26 de junho, o prefeito voltou à "fase zero" – apenas os serviços essenciais poderiam funcionar. A reabertura gradual só foi retomada a partir de 6 de agosto, quando alguns segmentos não-essenciais puderam funcionar em escala alternada, três dias por semana.

Na quinta-feira (20), Kalil atendeu a um pedido de entidades ligadas aos lojistas da capital e aumentou a quantidade de dias permitidos para o funcionamento do comércio, que recebeu autorização para abrir as portas de segunda e sexta. Nessa etapa, umas das novidades da flexibilização foi a permissão para a reabertura dos restaurantes para almoço, sem consumo de bebida alcoólica nos locais.

Indicadores em queda

o boletim epidemiológico e assistencial divulgado nesta quarta, a taxa de ocupação dos leitos de enfermaria se manteve abaixo dos 50% – agora em 48,3% –, o estágio mais seguro da escala de risco. O mesmo parâmetro se estende à velocidade de transmissão do novo coronavírus na cidade: 0,95 novo infectado por cada diagnóstico computado.



O único obstáculo continua sendo o índice de uso das unidades de terapia intensiva. Com taxa de 53,6%, o indicador permanece em estado de alerta, a escala amarela. Na comparação entre os dois últimos levantamentos, contudo, houve diminuição de aproximadamente um ponto percentual. 

Por outro lado, Belo Horizonte registrou 21 mortes por COVID-19 nas últimas 24 horas, com salto de 892 para 913 óbitos pela doença no período. Esse é o maior saldo de vidas perdidas computado nesta semana.

Ao mesmo tempo, a cidade registra 32.303 casos da doença: 3.023 em acompanhamento e 28.367 recuperados, além das 913 mortes. A taxa de letalidade (percentual de doentes que morre) é de 2,8%. E o número de óbitos pode aumentar, já que há 70 mortes suspeitas pela infecção causada pelo novo coronavírus na cidade.



O que é o coronavírus


Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.
Vídeo: Por que você não deve espalhar tudo que recebe no Whatsapp

Como a COVID-19 é transmitida? 

A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.

Vídeo: Pessoas sem sintomas transmitem o coronavírus?


Como se prevenir?

A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.



Vídeo: Flexibilização do isolamento não é 'liberou geral'; saiba por quê

Quais os sintomas do coronavírus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas gástricos
  • Diarreia

Em casos graves, as vítimas apresentam:

  • Pneumonia
  • Síndrome respiratória aguda severa
  • Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus. 

Vídeo explica por que você deve 'aprender a tossir'


Mitos e verdades sobre o vírus

Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.

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