Jornal Estado de Minas

FEMINICÍDIO

Tragédia em Santana do Paraíso. Homem mata a mulher e se suicida

A população de Santana do Paraíso, na Região do Rio Doce, em Minas, está em estado de choque. Por volta das 11h desta quinta-feira (27), uma notícia trágica, um homicídio seguido de suicídio. Adair Paulino Soares, de 45 anos, que é policial penal contratado da Penitenciária Dênio Moreira de Carvalho (PDMC), matou com três tiros a mulher, Luciene Amarante Soares, de 43, funcionária da Unidade Básica de Saúde da cidade, e suicidou-se. O autor da tragédia deixou uma carta aos filhos, dando a impressão, segundo os policiais, de que tudo foi premeditado.





O casal tinha dois filhos, um homem, já casado, que mora em uma casa vizinha, e uma filha, que estava na casa com uma prima ainda pequena. O filho contou que estava em casa quando ouviu tiros, vindo da casa da mãe. Em seguida ouviu os gritos da irmã. Adair e Luciene eram separados e moravam em duas casas no mesmo terreno. 

Quando o filho chegou na casa, a porta estava trancada. Teve de arrombá-la e deparou com a mãe, assentada no sofá, mas com o rosto todo ensanguentado. No chão, o corpo do pai, também com a cabeça ensanguentada.

A irmã contou que estava na sala da casa com a mãe e a prima quando pai chegou, abriu a porta abruptamente e passou a discutir com Luciene. A filha decidiu, então, pegar a menina e saiu da sala, fechando-se no quarto, para que a criança não visse a discussão. Foi quando ouviu quatro tiros. Abriu a porta e viu a mãe, no sofá, com a cabeça ensanguentada.Ela ainda presenciou o pai levar a arma à cabeça e puxar o gatilho.





Com a chegada da Polícia Militar, os dois irmãos contaram que os pais brigavam muito e que há dois anos haviam se separado. 

A surpresa maior foi quando os irmãos encontraram, em cima do sofá, uma carta escrita pelo pai, que explicava como deveriam repartir os bens da família, como deveriam proceder para receber o seguro pela morte dele e da ex-mulher. A carta levou os policiais a concluir que Adair havia premeditado o crime.

O diretor da penitenciária esteve no local e contou que o contrato de Adair, que era prestador de serviço, terminaria em alguns meses e que, provavelmente, não seria renovado. Vizinhos contaram que o homem estaria muito nervoso nos últimos dias.gacia de Santana do Paraíso. 

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