O avanço do novo coranavírus em todo o mundo demonstrou a importância da ciência para o enfrentamento da doença, o maior desafio do século. No entanto, no Brasil, desde bem antes da pandemia, o campo científico vem perdendo recursos e formas de fomento.
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Desde então, como pontua a pesquisadora, "a situação só piora" com o cancelamento de diversos editais de fomento á pesquisa. Ela lembra, no entanto, que a pandemia mostrou o quanto a ciência é fundamental. "Com a pandemia, a sociedade pode ver como a ciência e tecnologia são fundamentais para obtermos medicamento, vacina, equipamentos para hospitais."
Zélia afirma que as instituições seguem realizando as pesquisas com recursos próprios, mas é cada vez mais difícil, uma vez que também ocorreram cortes nos orçamentos dos ministérios da Educação e Ciência e Tecnologia, órgãos aos quais muitas instituições estão vinculadas. A carta conta com a assinatura de mais de 300 signatários entre pesquisadores, professores e professoras de instituições de pesquisa no Estado.
A carta foi redigida depois de evento realizado em julho pela secretaria regional de Minas Gerais da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC- MG). A data marcou o primeiro encontro do Inteligência Coletiva, grupo que tem como objetivo organizar redes de interlocução e cooperação, em conjunto com a sociedade civil.
Na ocasião, foi discutida a importância de se investir em educação, ciência, tecnologia, inovação e fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS) para o enfrentamento das crises impostas pela pandemia do novo
Coronavírus.