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Bióloga de Lagoa da Prata está entre as vencedoras do programa Mulheres na Ciência

Ela irá receber bolsa-auxílio de R$50 mil para desenvolver tecnologia que torna a agricultura brasileira menos dependente de recursos hídricos


28/08/2020 10:59 - atualizado 28/08/2020 11:28

Fernanda Farnes vence na categoria Ciências da Vida(foto: Arquivo pessoal)
Fernanda Farnes vence na categoria Ciências da Vida (foto: Arquivo pessoal)
A bióloga Fernanda Farnes, de Lagoa da Prata, Região Centro-Oeste de Minas Gerais, está entre as sete vencedoras do Programa para Mulheres na Ciência 2020. A 15ª edição tinha como tema os efeitos da pandemia da COVID-19 na saúde mental e métodos de preservação de plantações de soja. O programa é desenvolvido pela Unesco Brasil e a Academia Brasileira de Ciências, a L’Oréal Brasil.

 

A iniciativa foi criada com o objetivo de transformar o cenário científico por meio do empoderamento feminino na área. Todos os anos, na edição nacional, são escolhidas sete jovens pesquisadoras de diversas áreas de atuação que são contempladas com uma bolsa-auxílio de R$ 50 mil para aplicação em doze meses em sua pesquisa.

 

Nesta edição, quatro categorias foram contempladas. A lagopratense venceu na “Ciências da Vida”.  As outras três abordaram “Ciências Físicas”, “Ciências Químicas” e “Ciências Matemáticas”. 

 

Desenvolvimento agrícola 

 

Fernanda Farnes desenvolveu um método que contribui para o desenvolvimento de uma agricultura mais eficiente e mais sustentável, contribuindo, ao mesmo tempo, para a conservação dos recursos hídricos. O método proposto na pesquisa consiste na aplicação de nanopartículas liberadoras de óxido nítrico em plantas de soja.

 

“Essas novas tecnologias, que aumentam a tolerância das plantas à seca, são essenciais para tornar a agricultura brasileira menos dependente dos recursos hídricos. Aproximadamente 70% de toda a água doce do mundo é utilizada na agricultura e esse quadro pode piorar nos próximos anos, devido às previsões de mudanças climáticas, segundo as quais a precipitação no Brasil pode reduzir em até 30%.”, explicou.

 

Farnes afirmou que a pesquisa científica ainda é um campo onde a mulher precisa lutar para ser reconhecida. “Programas como este são muito importantes para que mais meninas e mulheres se sintam inspiradas a seguir a carreira científica”, afirmou. Para ela, a iniciativa incentiva “outras meninas a seguirem o mesmo caminho”, além de colocar em debate a participação da mulher na ciência.

 

As demais vencedoras da 15ª edição nacional são Vivian Costa, Luciana Tovo, Andreia Melo, Rita de Cássia, Daniela Truzzi e María Amelia Salazar.

 


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