Um agente penitenciário contratado pelo governo de Minas foi preso nessa quinta-feira (27) com um verdadeiro inventário para facilitar a fuga de detentos do Complexo Penitenciário Nelson Hungria, em Contagem, na Grande BH.
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Segundo o boletim de ocorrência ao qual a reportagem teve acesso, ao perceber que era vigiado, o homem tentou se desfazer do inventário ao jogá-lo em uma cela.
Mas, ainda assim, foi preso. Já havia várias denúncias contra ele, que eram investigadas pela Assessoria de Informação e Inteligência da Nelson Hungria.
Com o preso, os agentes responsáveis pela detenção apreenderam dois celulares, cola, massa plástica e dois balões (geralmente usados para esconder drogas por boiarem em superfícies líquidas).
No carro e no armário de Weslei, ainda encontraram oito serras, mais balões, fitas adesivas e isolante, uma bolsa com fundo falso, outro celular, duas armas e munições.
O agente foi autuado em uma delegacia de Contagem. Segundo fontes ligadas ao sistema prisional, ele seria levado para o presídio de Matozinhos, também na Grande BH.
De acordo com a Sejusp, Weslei foi denunciado por "corrupção passiva, prevaricação e porte ilegal de arma".
A pasta ainda informou que "não compactua com qualquer desvio de conduta de seus servidores e que toda ação inadequada é apurada com o rigor e a celeridade exigidos, respeitando sempre o direito à ampla defesa e ao contraditório".
Outro caso
Esse é o segundo caso de corrupção na Nelson Hungria só neste mês de agosto. No dia 18, o coordenador de segurança da unidade também foi detido, conforme antecipado pelo Estado de Minas.
De acordo com a Sejusp, ele foi detido ao tentar entrar no presídio com drogas e telefones celulares.
Segundo fontes ouvidas pela reportagem, o homem é servidor efetivo desde 2017. Essas pessoas, contudo, deram uma versão diferente do Estado: o coordenador de segurança recebeu voz de prisão dos colegas policias penais ao tentar entregar 95 gramas de maconha, 60 de cocaína e três celulares a um detento responsável pela limpeza do anexo 1 da unidade.
Ainda de acordo com as mesmas fontes, o homem exerceu, antes, o cargo de agente socioeducativo contratado. Ele trabalhava no centro localizado no distrito de Justinópolis, em Ribeirão das Neves, também na Grande BH.