Foi condenado a 14 anos de prisão em regime fechado o advogado Demétrio Mattos, que tentou matar a ex-namorada em 1º de abril de 2017, na Rua Pedro Natalício de Moraes, Bairro Buritis, Região Oeste de Belo Horizonte.
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Em sua defesa, o homem disse que estava alcoolizado e havia tomado remédio. Ele se disse arrependido e negou que tenha tentado matar a mulher.
A defesa de Demétrio alegou que ele pratica artes marciais desde criança e que “tem problema de capacidade no autocontrole”.
“Pratico artes marciais desde os 6 anos e, se tivesse a intenção de matar, tinha lhe dado um mata-leão. Estou arrependido”, afirmou Demétrio, segundo a Justiça.
Ainda assim, o magistrado Leonardo Vieira Rocha Damasceno o condenou por tentativa de homicídio com quatro qualificações – motivo torpe, meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio.
O julgamento começou às 10h desta sexta-feira (28), no 1º Tribunal do Júri da capital. Quatro mulheres e três homens compunham o júri. A decisão cabe recurso, mas o réu aguardará preso, caso haja o protocolo.
O crime
No dia em que Demétrio espancou a ex-companheira, ele havia ligado para ela e dito que iria à casa dela para pegar alguns pertences pessoais que lá estavam.
A vítima, então, desceu à portaria com uma sacola, para entregá-los, quando foi surpreendida por uma rasteira dada pelo agressor. Ela caiu na calçada e ele começou a agredi-la com socos e chutes no rosto.
Moradores que presenciaram a cena contaram à Polícia Militar (PM) que o homem “pisava na cabeça da vítima e a batia sobre o meio-fio do passeio”.
Segundo a delegada, “as testemunhas disseram que ele só saiu do local depois que os vizinhos prestaram o socorro, o que mostra que a intenção dele seria realmente prosseguir com as agressões”, disse ao Estado de Minas na época.
Por causa dos ferimentos, a mulher perdeu os sentidos e ficou dois dias internada no Hospital de Pronto-Socorro João XXIII.
Além disso, Demétrio já tinha passagem pela polícia por agredir uma namorada que decidiu romper o relacionamento com ele em 2014, três anos antes do espancamento do Buritis.
Ao sair da Delegacia Especializada de Crimes contra a Mulher do Barreiro, que investigava o crime em 2017, o homem deu sua versão sobre o fato.
Ele alegou problemas com bebidas alcoólicas. “Jamais teria feito o que fiz, não fosse esse problema, que é um disparate. Já briguei com homens, policiais. É um problema que eu tento vencer”, disse à época.
Com informações de Cristiane Silva e do Tribunal de Justiça de Minas Gerais