O primeiro fim de semana de reabertura dos parques em Belo Horizonte é de calmaria suficiente para se ouvir o som dos pássaros que, muitas vezes, é abafado com o barulho da capital.
O Movimento dos Sem-Terra (MST) iniciou hoje as manifestações do "abril vermelho" em Minas Gerais com duas invasões. Durante a madrugada, cerca de 200 integrantes do MST ocuparam uma fazenda na área de uma antiga usina de açúcar e álcool, em Campos Gerais no sul do Estado. Em Capitão Enéas, no norte de Minas, uma outra propriedade rural foi invadida por cerca de 80 famílias do MST.
De acordo com a Polícia Militar, os sem-terra ocuparam as terras da antiga usina de açúcar e álcool por volta das 4 horas. Eles chegaram ao local em cinco veículos pequenos e dois ônibus. Os militantes do MST se alojaram em galpões e dormitórios erguidos na época da usina, desativada há pelo menos 11 anos. A PM esteve no local, mas não foram registrados incidentes.
Após a desativação, a área da usina foi doada aos ex-funcionários como pagamento de dívidas trabalhistas. As terras foram arrendadas para produtores rurais, que no local criam gado leiteiro e de corte e plantam café e milho, segundo a PM. A assessoria da Superintendência do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Minas Gerais disse que o órgão não tinha informações sobre a área ocupada.
Em Capitão Enéas, a PM confirmou a invasão, mas até o final da tarde a ocorrência não havia sido divulgada. A fazenda fica no distrito de Caçarema, a cerca de 45 quilômetros da área urbana.
"Essas são as primeiras ocupações da jornada de abril. A nossa expectativa é realizar pelo menos mais seis ações durante a semana", disse o coordenador regional do MST, Vanderlei Martini. Os proprietários ou arrendatários das áreas invadidas não foram localizados.
O Movimento dos Sem-Terra (MST) iniciou hoje as manifestações do "abril vermelho" em Minas Gerais com duas invasões. Durante a madrugada, cerca de 200 integrantes do MST ocuparam uma fazenda na área de uma antiga usina de açúcar e álcool, em Campos Gerais no sul do Estado. Em Capitão Enéas, no norte de Minas, uma outra propriedade rural foi invadida por cerca de 80 famílias do MST.
De acordo com a Polícia Militar, os sem-terra ocuparam as terras da antiga usina de açúcar e álcool por volta das 4 horas. Eles chegaram ao local em cinco veículos pequenos e dois ônibus. Os militantes do MST se alojaram em galpões e dormitórios erguidos na época da usina, desativada há pelo menos 11 anos. A PM esteve no local, mas não foram registrados incidentes.
Após a desativação, a área da usina foi doada aos ex-funcionários como pagamento de dívidas trabalhistas. As terras foram arrendadas para produtores rurais, que no local criam gado leiteiro e de corte e plantam café e milho, segundo a PM. A assessoria da Superintendência do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Minas Gerais disse que o órgão não tinha informações sobre a área ocupada.
Em Capitão Enéas, a PM confirmou a invasão, mas até o final da tarde a ocorrência não havia sido divulgada. A fazenda fica no distrito de Caçarema, a cerca de 45 quilômetros da área urbana.
"Essas são as primeiras ocupações da jornada de abril. A nossa expectativa é realizar pelo menos mais seis ações durante a semana", disse o coordenador regional do MST, Vanderlei Martini. Os proprietários ou arrendatários das áreas invadidas não foram localizados.
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Ele ressalta que não enfrentou problemas para o agendamento necessário para a visita, e isso foi um facilitador. "Foi difícil esse tempo sem visitar um parque. Eu já costumava vir sempre porque sou um apreciador da botânica. É um cotidiano desde da infância", acrescenta Jean.
Após meses isolados em casa, o vendedor Wanderson Oliveira Paiva, de 43, resolveu dar um passeio com o filho assim que soube da reabertura. "A gente já estava em casa respeitando a quarentena. Com a segurança, decidimos vir hoje para espairecer a cabeça do rapaz", conta. O rapaz é Vitor de Souza Paiva, de 6. "Criança em casa não é fácil. Tem que ter jogo de cintura", revela. Animado em poder correr e chutar a bola com pai, Vitor insiste: "Vamos brincar, pai!".
Wanderson disse que se sente bem com o passeio, mas tem impressão de que falta mais gente no ambiente. "Moramos próximo e costumamos visitar todos os parques de BH. Estou me sentindo bem, mas tem pouca gente", menciona ainda sobre a saudade de ver o movimento.
Parque das Mangabeiras
No Parque das Mangabeiras, Região Centro-Sul de BH, os peixes no lago e a vitória-régia esperavam a postos aguardando os visitantes nesta manhã. Assim como no Parque Municipal, a entrada está sujeita à medição de temperatura, uso de álcool em gel e orientações de prevenção ao contágio do novo coronavírus.
Depois de meses "dentro de telas", os estudantes de medicina Sofia Tolentino, de 24, e Filipe Viana, 23, comemoram ao poder passear e fazer um piquenique a dois. "A gente gosta muito de passear. A cidade sente falta. É bom sentir um ar puro", comenta Sofia, que reservou sua entrada e a do namorado assim que soube da liberação. "É bom que, por ser um espaço amplo, as pessoas podem ficar distantes", acrescenta o namorado.
A abertura dos parques significa uma volta, aos poucos, da normalidade. Rafael, de 6 anos e Henrique, de 8, são a prova disso. Depois de rigoroso isolamento social dentro de seus apartamentos, o passeio às margens da Serra do Curral retoma um velho hábito do mineiro: fazer amizades.
“A gente se conheceu hoje aqui. Ele (sobrinho) estava doido para encontrar criança”, conta Mônica Fernandes Teixeira, de 57, tia do Henrique. “Esse passeio é a luz na pandemia. Principalmente para as crianças. É maravilhoso ver eles voltarem a interagir.”
A mãe de Rafael, Tamiris Jessica Rosa Santos, de 29, elogiou a organização do parque. “Agendar, marcar o horário, foi tudo tranquilo. Só de sair de apartamento já é um alívio”, disse. Já o filho, embora tenha gostado de ver os peixes, lembra de sua preferência na cidade. “No zoológico é muito mais legal, mas ainda não abriu, né, mãe?”. E o novo amigo responde: “Não abriu porque lá fica mais aglomerado, tem muito mais pessoas”, acrescenta Henrique.
Parques abertos
Nesse primeiro momento, seis espaços voltam a receber os visitantes. Os parques funcionarão de quinta-feira a domingo, das 8h às 17h. O agendamento está disponível no site da prefeitura.
- Parque das Mangabeiras: entrada exclusivamente pela portaria sul: Avenida José de Patrocínio Pontes, 580 – Mangabeiras
- Parque Municipal Américo Renné Giannetti: entrada exclusivamente pela Avenida Afonso Pena, 1377 – Centro
- Parque Municipal Fazenda Lagoa do Nado: entrada exclusivamente pela Rua Ministro Hermenegildo de Barros, 904 (bairro Itapoã)
- Parque Real: Rua Três Mil e Setenta E Quatro, 201 - Paulo VI
- Parque Municipal Jacques Cousteau: Rua Augusto José dos Santos, 366 - Estrela do Oriente
- Parque Nossa Senhora da Piedade: Rua Rubens de Souza Pimentel, 750 – Bairro Aarão Reis
O que pode
“Os visitantes poderão fazer caminhada recreativa, contemplar a natureza, realizar práticas esportivas individuais, como corrida, ginástica, yoga, andar de bicicleta; ler um livro, ouvir música (recomenda-se o uso de fones de ouvido)”, orienta a PBH, por meio da Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica.
O que não pode
Quadras, pistas de skate, brinquedos e aparelhos de ginástica continuam com uso suspenso. Eventos e passeios com animais domésticos estão proibidos, assim como a prática de esportes coletivos, como futebol. A prefeitura também pede que pessoas que têm mais de 60 anos, gestantes e portadores de doenças crônicas não frequentem os parques.
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A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.
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A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.
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Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.
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O que é o coronavírus
Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.Vídeo: Por que você não deve espalhar tudo que recebe no Whatsapp
Como a COVID-19 é transmitida?
A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.
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Como se prevenir?
A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.
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Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.
Vídeo explica porque você deve aprender a tossir
VIDEO1
Mitos e verdades sobre o vírus
Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.
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