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Estado de Minas FIM DO ISOLAMENTO?

COVID-19: Superlotação na Pampulha contrasta com imagens de abril

Muita gente foi às ruas neste domingo, embora a pandemia ainda não esteja controlada m BH. Em 10 de abril, eram 324 casos e seis mortes. No último balanço, de sexta-feira (28), BH tinha 31.777 e 944 mortes


30/08/2020 11:20 - atualizado 30/08/2020 14:31

A reportagem do EM registrou a orla da Pampulha por um mesmo ângulo em 10 de abril e 30 de agosto(foto: Leandro Couri/EM/DA PRESS)
A reportagem do EM registrou a orla da Pampulha por um mesmo ângulo em 10 de abril e 30 de agosto (foto: Leandro Couri/EM/DA PRESS)
No primeiro domingo de sol e calor depois da liberação pela Prefeitura de Belo Horizonte de praças, parques e outros espaços públicos, a orla da Lagoa da Pampulha recebeu centenas de pessoas que foram até o local para caminhar, correr e andar de bicicleta. A reportagem do Estado de Minas registrou imagens fotográficas do mesmo ângulo das que foram feitas em 5 e 10 de abril. 

 

As imagens deste domingo podem levar a pensar que a pandemia foi controlada ao ver a quantidade de pessoas que foi até o local, em alguns casos, sem guardar o distanciamento de 2 metros e sem o uso de máscaras. Sem uma vacina, a única forma de voltar ao normal de antes do novo coronavírus, muitas pessoas agiam como se a pandemia tivesse sido controlada.

 

A reportagem flagrou ambulantes, que, sem usar luvas ou higienizar as mãos com álcool em gel, pegavam dinheiro e repassam aos clientes  Sem a orientação dos pais quanto aos riscos, muitas crianças brincavam livres e se aglomeravam em grupos. Muitos pais levaram bebês.

 

Uma quantidade grande de pessoas realizava atividades físicas sem respeitar o distanciamento. Muitos corriam ou andavam de bicicleta sem a proteção de boca e nariz, o que facilitava a dispersão de perdigotos no ar. Parte dos ciclistas andava sem a devida proteção, sem capacetes, sem luvas e sem máscaras. Até mulheres grávidas, que estão incluídas no grupo de risco, não se preocuparam com a aglomeração e foram até o local para fazer ensaios fotográficos.

 

 

Em 5 de abril, muitas pessoas foram para a orla praticar atividade física sem uso de máscaras e sem respeitar o distanciamento de 2 metros(foto: Leandro Couri/EM/DA PRESS)
Em 5 de abril, muitas pessoas foram para a orla praticar atividade física sem uso de máscaras e sem respeitar o distanciamento de 2 metros (foto: Leandro Couri/EM/DA PRESS)
 

 

Em 5 de abril, havia determinação para o distanciamento social, mas muitas pessoas, contrariaram as orientações das autoridades de saúde e foram para o local , gerando aglomeração. Na ocasião, a maior parte não usava máscaras, embora os números indicassem o avanço da COVID-19 na capital.

 

Belo Horizonte tinha 259 casos confirmados e três mortes pela COVID-19. Diante do quadro, o comitê executivo da capital resolveu cercar o local com grades para impedir que as pessoas se aglomerassem.

 

No dia 10 daquele mês, já eram 324 casos e o número de mortes havia dobrado, seis. No entanto, as medidas de proteção com grades, impostas pela prefeitura, surtiram efeito e o local ficou vazio.

 

Quatro meses depois, o número de casos e mortes é muito maior, neste momento. De acordo com o boletim epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde, no dia 28 de agosto, eram 31.777 casos e 944 mortes. 

 

No entanto, embora os números sejam preocupantes, muita gente foi para a orla neste domingo que mais parecia um fim de semana normal antes da chegada do novo coronavírus. As imagens demonstram que a aglomeração é muito maior do que em 5 de abril. 

 


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