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Estado de Minas Combate ao crime

Forças de segurança deflagram operação contra o crime organizado

Segunda fase da investidas denominada Caixa Forte bloqueou R$ 252 milhões, apreendeu R$ 6 milhões, além de bens, de integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC); 'laranjas' também estão na mira


Delegados da Polícia Federal e da Polícia Civil de Minas Gerais que integram a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO) explicaram a operação deflagrada nesta segunda-feira(foto: Paulo Galvão/EM/D.A.Press)
Delegados da Polícia Federal e da Polícia Civil de Minas Gerais que integram a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO) explicaram a operação deflagrada nesta segunda-feira (foto: Paulo Galvão/EM/D.A.Press)
Coordenada a partir de Minas Gerais, a operação Caixa Forte 2 está cumprindo 876 ordens judiciais nesta segunda-feira, em mais de 90 cidades de 19 estados e do Distrito Federal. O objetivo é asfixiar financeiramente uma das maiores facções criminosas do país, com o bloqueio judicial de R$ 252 milhões, apreensão de bens como veículos e prisão de integrantes e “laranjas” usados para financiar o crime. Logo de cara foram apreendidos R$ 6 milhões em espécie em Santos, no litoral paulista.

A ação foi deflagrada pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO), integrada pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG) e pelo Departamento Penitenciário Federal (Depen Federal). Desde 2018, há uma grande investigação sobre tráfico de drogas e a lavagem de dinheiro praticados pelo Primeiro Comando da Capital (PCC), que teria mais de 30 mil integrantes.

Estão sendo cumpridos 422 mandados de prisão preventiva e 201 mandados de busca e apreensão. Os envolvidos são investigados pelos crimes de participação em organização criminosa, associação para o tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, cujas penas cominadas podem chegar a 28 anos de prisão.


“A fase 1 da Caixa Forte identificou os responsáveis pelo ‘Setor do Progresso’ do PCC, com atuação no tráfico de drogas e consequente lavagem de dinheiro. O dinheiro obtido era enviado, inclusive, para as contas do ‘Setor da Ajuda’, responsável por recompensar membros da facção recolhidos em presídios”, explica o delegado da PCMG, Murillo Ribeiro.

 
Segundo as investigações, 210 integrantes do alto escalão do PCC recolhidos em presídios federais recebiam valores mensais da facção por terem ocupado cargos de destaque na organização criminosa ou executado missões determinadas pelos líderes, “como, por exemplo, assassinatos de servidores públicos”. “Havia uma tabela de valores de acordo com a posição e o trabalho executado. O dinheiro era depositado em conta de parentes ou contas 'alugadas'. Essas pessoas também incorreram em crime de lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa”, explica. 

Já o delegado da PF Alexsander Castro de Oliveira diz que o objetivo é desarticular a organização criminosa por meio de sua descapitalização, “atuando em conformidade com as diretrizes do órgão de enfrentamento à criminalidade organizada por meio da abordagem patrimonial, além da prisão de lideranças”. “É a maior operação policial da história contra a facção.”
 

Em Minas

Apesar de ser coordenada a partir de Minas, apenas um dos mandados foram cumpridos no estado. O alvo era um criminoso que tem residência na região do Barreiro, em Belo Horizonte, e que está foragido.

Para evitar que se repitam problemas já registrados em algumas capitais brasileiras, a inteligência das forças de segurança está monitorando os integrantes da facção criminosa. A intenção é não permitir que haja retaliação, atingindo a população.


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