Belo Horizonte registrou alta na velocidade de transmissão da COVID-19 e na taxa de ocupação dos leitos de UTI no boletim epidemiológico e assistencial publicado nesta segunda-feira (31). Os dois indicadores são fundamentais para as tomadas de decisão da prefeitura sobre aspectos que circundam a pandemia, como a flexibilização do comércio.
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Quanto ao fator RT, cada infectado pelo novo coronavírus na cidade passa a doença, em média, para 0,98 pessoa. Na sexta, o indicador era de 0,95.
Ainda que haja aumento nos indicadores, o quadro geral deles continua o mesmo do balanço anterior. A taxa de ocupação dos leitos de UTI permanece no nível intermediário da escala de risco (amarelo), enquanto a velocidade de transmissão se mantém no quadro ideal (verde).
Outro parâmetro fundamental é a taxa de ocupação dos leitos de enfermaria. Esse indicador sofreu queda em seus números nesta segunda e se manteve no quadro verde: 46,9% contra 47,5% de sexta-feira.
Casos e mortes
A capital mineira chegou a 33.657 casos confirmados nesta segunda: 979 mortes, 2.825 em acompanhamento e 29.853 recuperados. Houve crescimento de 11 óbitos e 565 diagnósticos a mais que sexta-feira.
No levantamento por regionais, a Oeste passou a ser aquela com o maior número de mortes: 126, duas a mais que Venda Nova. Na sequência, aparecem Nordeste (121), Noroeste (118), Barreiro (112), Leste (101), Centro-Sul (96), Norte (94) e Pampulha (87).
Entre as pessoas que morreram vítimas da COVID-19 em Belo Horizonte, 542 são homens e 437 mulheres. A maioria dos óbitos, 82,1% (804), é formada por idosos. Outros 15,6% (153) tinham entre 40 e 59 anos; e 2,2% (22) entre 20 e 39 anos.
Quanto à cor, 49,9% das pessoas diagnosticadas com casos graves eram pardas, 26,1% brancas, 9,2% pretas e 0,8% amarelas. De acordo com a PBH, 14% não tem cor especificada ainda.
Além disso, 97,5% dos óbitos são de pessoas com fator de risco, segundo a prefeitura. Apenas 27 mortes sem comorbidades: 23 homens e quatro mulheres.
A idade, cardiopatia, diabetes, pneumopatia, obesidade, nefropatia e doenças neurológicas são as comorbidades mais comuns.
Profissionais de saúde
O número de profissionais de saúde com testes positivos para a COVID-19 chegou a 1.099 nesta segunda-feira. Outros 191 diagnósticos ainda estão em investigação.
As categorias profissionais mais atingidas até o momento são os técnicos de enfermagem, os agentes comunitários de saúde, os enfermeiros e os médicos.
A prefeitura não informa quantos servidores da área morreram pela doença. Os casos que chegaram à imprensa foram informados pelo Conselho Municipal de Saúde: oito óbitos, todos técnicos de enfermagem.