Jornal Estado de Minas

Efeitos da pandemia

Comércio do Centro de BH amarga suspensão da Feira Hippie


A Feira Hippie é um famoso destino nos domingos de Belo Horizonte. Está instalada na Avenida Afonso Pena, no Centro, dede 1991, e responde pela geração de 30 mil empregos diretos e indiretos. Reúne 2 mil feirantes, entre os quais 90% vivem exclusivamente da renda da feira.



Com a realização suspensa desde 15 de março por causa das medidas restritivas em relação ao coronavírus implementadas pela prefeitura da capital, os impactos no comércio na região são imensuráveis. Estabelecimentos ao redor estão amargando prejuízos com a ausência das barraquinhas que coloriam a avenida todos os fins de semana.


É uma dificuldade social e econômica que está atingindo aproximadamente 100 comerciantes nos arredores - 20% dos estabelecimentos já encerraram as atividades desde o agravamento da pandemia e, entre os que mantêm o funcionamento, 40% experimentam o sabor desagradável das demissões.

Marcos Ferreira Diniz tem uma barraca de sapatos na feira há 35 anos. Ele cobra das autoridades municipais uma atenção especial sobre o caso. "A Prefeitura de BH já avançou na flexibilização de bares, restaurantes e shoppings, inclusive os populares. A Feira Hippie é realizada em local aberto", pondera.



Ele faz parte da comissão paritária que entregou em julho à PBH um planejamento detalhado para a retomada da feira, respeitando uma série de procedimentos sanitários, como é orientado para esse período em particular. Até o momento, o Executivo municipal não se manifestou sobre a análise das medidas propostas e mantém a decisão de barrar a realização da feira.

Na Lokal Importados, o melhor dia de vendas na semana sempre foi aos domingos. O valor arrecadado corresponde ao montante de quatro dias da semana. A gerente da loja, Gilmara Paula de Abreu Lopes, lamenta perceber que, se a situação permanecer assim, o comércio só irá durar até outubro. "Se a feira não for reaberta não conseguiremos nos manter. Serão 13 funcionários desempregados", reclama.

Sócio da Pastelândia, Weder Vilela ressalta que o público que vai à feira toda semana gera mais da metade do faturamento mensal do comércio nas proximidades da Afonso Pena. Na banca de revistas Tribunal, os refelexos negativos da pandemia são sentidos. Antes do fechamento da feira, eram dois funcionários. "Se a feira não for reativada só consigo sobreviver por mais um ou dois meses", diz o proprietário, Rafael Almeida, que agora trabalha sozinho.





 

O que é o coronavírus

Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.
Vídeo: Por que você não deve espalhar tudo que recebe no Whatsapp



Como a COVID-19 é transmitida?


A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.

Vídeo: Pessoas sem sintomas transmitem o coronavírus?



Como se prevenir?


A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.



Vídeo: Flexibilização do isolamento não é 'liberou geral'; saiba por quê



Quais os sintomas do coronavírus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

Em casos graves, as vítimas apresentam

Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.

 

Vídeo explica porque você deve aprender a tossir

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Mitos e verdades sobre o vírus


Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.

Coronavírus e atividades ao ar livre: vídeo mostra o que diz a ciência

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