Agentes de fiscalização da Prefeitura de Belo Horizonte foram distribuídos pelos pontos boêmios da cidade para acompanhar a volta dos bares à vida noturna. Embora o decreto que permitiu a flexibilização tenha determinado que bares e restaurantes só pudessem funcionar até às 22h, a reportagem do Estado de Minas constatou muito movimento próximo ao horário de encerramento – e mesmo com as portas fechadas
Na Savassi, mesmo com os bares cumprindo o horário de fechamento, havia muita gente nas ruas por volta das 23h. As mesas já estavam recolhidas, mas ainda havia música e clientes bebendo em pé e dançando. Confira o vídeo:
Na Savassi, mesmo com os bares cumprindo o horário de fechamento, havia muita gente nas ruas por volta das 23h. As mesas já estavam recolhidas, mas ainda havia música e clientes bebendo em pé e dançando. Confira o vídeo:
Imagens mostram a Rua Sergipe, próximo à Getúlio Vargas, na Savassi, lotada após as 22h, horário determinado para o fechamento dos bares
— Estado de Minas (@em_com) September 5, 2020
Saiba mais:https://t.co/jDDNbfCzLG pic.twitter.com/CXM8MnbjmC
A Secretaria Municipal de Segurança e Prevenção informou que está atuando em toda a cidade com a Guarda Municipal e a Subsecretaria de Fiscalização. Segundo a prefeitura, uma operação envolvendo as duas equipes e a BHTrans percorre durante a noite nas principais áreas de concentração de bares.
Na Rua Curitiba, altura do Bairro de Lourdes, Região Centro-Sul da capital, equipe de fiscalização acompanhava o movimento dos estabelecimentos no local por volta das 21h. Por lá, nenhuma mesa estava vazia do lado de fora até às 21h50 – horário em que ainda chegavam clientes em busca de atendimento.
Bares do Centro
No Centro de BH, a noite teve mesas ocupadas em locais abertos. Restaurantes da Rua da Bahia com ambientes fechados – onde há pouca circulação de ar – estavam vazios. Do lado de fora, muitas pessoas voltaram a beber e confraternizar.
No Edifício Maletta, Avenida Augusto de Lima, clientes não foram em massa. Casais ou pessoas sem acompanhante puderam se sentar respeitando o distanciamento, dando preferência para o corredor externo, onde há ventilação.
“Primeiro dia que a gente está abrindo. Eu já esperava que seria pouca gente, mas creio que nas próximas semanas possa melhorar”, comenta Mateus Felipe, de 24, gerente do bar Casa de Matilde, dentro do edifício boêmio.
Ele acredita que os clientes estão com receio de transmissão do novo coronavírus. “A gente espera que volte um pouco melhor, mas ao mesmo tempo fica com um pé atrás. Estamos tentando divulgar nas redes sociais que estamos seguindo os protocolos. Nós nos importamos sim com vida. Temos família e nossos clientes também, mas estamos seguindo todos os protocolos e, quanto mais tempo fechado, pior”, disse.
Em seu bar, só havia dois clientes por volta das 21h. Eram os amigos Isadora Alves Anunciação, de 21, e Hugo Soares, 31. Depois de meses em isolamento social, os dois sentiram um impacto em poder retornar aos bares. “Foi muito estranho ver as pessoas sentadas nas mesas novamente”, disse a jovem. “Foi muito emocionante”, acrescenta o rapaz.
Os dois se dizem preocupados com a COVID-19, mas ressaltam que agora devem se cuidar “de um jeito diferente”. “A preocupação ainda está em alta, mas estamos tomando os cuidados. Não paramos de trabalhar. Eu, por exemplo, pego ônibus todos os dias”, disse Isadora.