Foram presos quatro integrantes das quadrilhas e apreendidos 22 aparelhos celulares.
Em nota sobre o resultado da operação, divulgada em conjunto com a Polícia Militar, o Gaeco/MPMG faz referência a descoberta de um suposto “conluio” entre presos e policiais penais e “extorsão de traficantes” por “outros agentes de segurança pública”. Não foram fornecidos detalhes a respeito da apuração dos supostos atos praticados pelos agentes públicos.
“O monitoramento das quadrilhas também permitiu a descoberta de conluio entre presos e integrantes da polícia penal, bem como atividades ilícitas perpetradas por outros agentes de segurança pública na extorsão de traficantes, tendo sido descortinados atos de corrupção ativa e passiva”, informa a nota.
Além das prisões e da apreensão de celulares, durante a “Operação Panóptico” também foram apreendidos uma pistola a pistola 7,65 mm e 2,5 quilos de maconha.
Divisão de tarefas
Ainda de acordo com a apuração do Gaeco, os líderes das quadrilhas agiam de dentro dos presídios, com divisão e execução de tarefas para a venda de entorpecentes na região.
“Com base em técnicas especiais de investigação, apurou-se que os alvos, alguns operando de dentro de unidades prisionais, uniram-se de forma estável e organizada, com divisão e execução de tarefas, para abastecer o mercado de drogas em Montes Claros e em outras cidades do Norte de Minas”, informou o Ministério Público Estadual.
A nota do Gaeco diz ainda que “as investigações dão conta de que os líderes das associações marginais lideravam seus comparsas emanando comandos de dentro dos presídios valendo-se de telefones celulares clandestinamente ingressados nas celas”.
Também segundo consta na nota, alguns integrantes das quadrilhas teriam se aproveitado de benefícios prisionais, como o trabalho externo ou saída temporária, para executar o tráfico de drogas e a prática de outros crimes.
“O Gaeco Regional de Montes Claros reitera o compromisso de priorizar o combate ao tráfico de drogas em todo o Norte de Minas, de modo que atuações de maior envergadura continuarão sendo feitas rotineiramente na região, estratégia que serve para trazer a tranquilidade à sociedade ordeira recolocando ou mantendo em níveis toleráveis os índices de criminalidade violenta derivada do narcotráfico, conclui o texto da nota.