Um dia após publicar uma nota técnica sobre notificação de casos suspeitos de reinfecção pela COVID-19, a Secretaria Estadual de Saúde (SES/MG), por meio do chefe da pasta, Carlos Eduardo Amaral, informou, nesta terça-feira (8), que o estado tem três pacientes em acompanhamento nesta circunstância: um em Belo Horizonte, outro em Contagem e o último em Varginha, no Sul de Minas. Não há pessoas reinfectadas confirmadas.
Para a SES/MG, é considerado caso suspeito de reinfecção quando a pessoa apresenta novo quadro clínico em período acima de 90 dias do primeiro episódio confirmado laboratorialmente. Todos os casos positivos de coronavírus com novo quadro clínico em período igual ou maior a três meses do primeiro diagnóstico devem ser testados e notificados ao estado.
Os profissionais da Saúde também deverão enviar as amostras positivas à Fundação Ezequiel Dias (Funed), onde será feito o sequenciamento genético para verificar a presença de mutações.
“Esses casos ainda estão em acompanhamento e, na verdade, estamos observando, fazendo uma checagem, porque o número de reinfecções hoje, avaliados no mundo, é um número muito pequeno. É muito importante que tenhamos cuidado e que façamos checagem muito bem feita, inclusive, com avaliação dos exames que foram feitos anteriormente com o atual, para que tenhamos uma certeza se é caso, ou não. Até o momento não temos casos confirmados, mas esses casos que foram notificados continuam em acompanhamento”, disse Carlos Eduardo Amaral.
Segundo informações da Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais (SES-MG), o primeiro caso de reinfecção por coronavírus foi confirmado por pesquisadores chineses e se refere a um homem com o segundo caso diagnosticado quatro meses e meio após o primeiro.
O sequenciamento do genoma mostrou que as duas cepas do vírus são diferentes, o que comprova a reinfecção.
Como no Brasil todas amostras coletadas para a testagem do coronavírus são guardadas pelos laboratórios, se houver suspeita de reinfecção é possível comparar os materiais. Isso possibilita que seja feita a investigação que verifica a presença de mutações do vírus.
Diminuição das SRAGs
O secretário estadual de Saúde falou, também, sobre o número de internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Nas duas últimas semanas, o número de hospitalizações diminuiu: na semana 33, 3.246 pacientes deram entrada em alguma unidade de saúde por SRAG. Já na semana seguinte, o número caiu para 2.600, chegando a 1.618 na última semana. Carlos Eduardo acredita que a tendência é de queda.
“É de se esperar que daqui para frente tenhamos redução da SRAG, uma vez que a SRAG não é sinônimo da COVID-19. Temos vários outros vírus que circulam no inverno e a medida em que for passando o inverno, e a temperatura for subindo, teremos uma tendência a redução de notificação das SRAGs”, concluiu.
Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.
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O que é o coronavírus
Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.
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Como a COVID-19 é transmitida?
A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.Vídeo: Pessoas sem sintomas transmitem o coronavírus?
Como se prevenir?
A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.Vídeo: Flexibilização do isolamento não é 'liberou geral'; saiba por quê
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam:
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
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Mitos e verdades sobre o vírus
Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.Coronavírus e atividades ao ar livre: vídeo mostra o que diz a ciência
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