Belo Horizonte chegou nesta terça-feira (8) a 1.072 mortes por COVID-19. O boletim epidemiológico e assistencial da prefeitura informa que 15 óbitos pela doença aconteceram desde sexta-feira (2). Quanto ao número de casos, a cidade chegou a 35.983 – uma diferença de 664 diagnósticos para o levantamento anterior, divulgado nessa sexta (2).
No levantamento por regionais, a Oeste e a Nordeste são aquelas com o maior número de mortes: 134, uma a mais que Venda Nova. Na sequência, aparecem Noroeste (130), Barreiro (120), Leste (111), Norte (107), Centro-Sul (106) e Pampulha (97).
São sete mortes ainda em investigação, informa a prefeitura, o que pode elevar o número total para 1.079. São 891 óbitos já descartados para a doença.
O último fim de semana foi de reabertura de bares e restaurantes com venda de bebidas alcoólicas em Belo Horizonte. Os números apresentados no balanço desta terça, porém, ainda não refletem essa flexibilização.
Isso porque especialistas afirmam que as medidas de reabertura da atividade comercial levam, em média, 14 dias para influenciar os dados oficiais.
Portanto, só será possível medir o impacto da flexibilização no próximo dia 18, já que a reabertura aconteceu nessa sexta. Isso acontece porque o tempo de incubação do novo coronavírus é de duas semanas.
Perfil dos infectados
Entre as pessoas que morreram vítimas da COVID-19 em Belo Horizonte, 596 são homens e 476 mulheres. A maioria dos óbitos, 81,9% (878), é formada por idosos. Outros 15,9% (170) tinham entre 40 e 59 anos; e 2,2% (24) entre 20 e 39 anos.
Quanto à cor, 49,8% das pessoas diagnosticadas com casos graves eram pardas, 26,3% brancas, 9,4% pretas e 0,8% amarelas. De acordo com a PBH, 13,7% não tem cor especificada ainda.
Além disso, 97,5% dos óbitos são de pessoas com fator de risco, segundo a prefeitura. São 27 mortes de pessoas sem comorbidades: 23 homens e quatro mulheres.
A idade, cardiopatia, diabetes, pneumopatia, obesidade, nefropatia e doenças neurológicas são as comorbidades mais comuns.
Indicadores
Considerado o único indicador ainda fora do cenário mais controlado, a ocupação dos leitos de UTI sofreu um leve aumento de 0,1 ponto percentual em relação ao balanço dessa sexta. Com isso, a soma entre as unidades das redes pública e suplementar resulta numa taxa de uso de 50,9%.
Portanto, essa estatística permanece no estágio intermediário, de alerta, entre 50% e 69%.
A taxa de uso das enfermarias, por outro lado, sofreu queda no comparativo entre os dois últimos levantamentos: de 48,7% para 44,5%. O cenário é considerado controlado, já que mais da metade dos leitos desse tipo destinados a pacientes com a COVID-19 estão vagas.
Quanto à velocidade de transmissão do novo coronavírus, o fator RT caiu de 0,98 para 0,97. Ele também está na fase verde, a mais controlada, já que a partir de 1 o cenário já se torna de alerta (sinal amarelo).