O hipercentro de Belo Horizonte ficará mais colorido a partir de 22 de setembro. A região da Rua Sapucaí, no Bairro Floresta, ganhará mais quatro empenas (obras pintadas, afixadas nas paredes dos prédios) pelo Circuito Urbano de Arte (CURA). O projeto, que agora chega à 5ª edição, transmitirá o processo de produção das artes via Instagram devido à pandemia do novo coronavírus, além de contar com várias oficinas, debates e ações virtuais. Serão entregues também duas grandes instalações de arte pública no Centro da cidade.
"O CURA 2020 nasceu de um desejo em emergência de cuidar de nós e do que nos cerca, de nos unirmos e construirmos essa edição de mãos dadas. Um festival gestado por mulheres e que se tornou uma jornada de encontro e novas perspectivas", afirma Janaína Macruz, uma das idealizadoras do festival.
A nova edição contará com quatro pinturas, sendo três delas produzidas por artistas convidados e uma delas pela vencedora ou vencedor da convocatória pública, que será anunciada em breve. O processo de pintura começa no dia 22 e tem duração de 13 dias.
Entre os nomes está o da artista autodidata Lídia Viber. Nascida e criada na periferia do Alto Vera Cruz e Taquaril, em Belo Horizonte, hoje ela é uma das artistas referência em representatividade feminina no grafite e muralismo contemporâneo.
Além das empenas, a edição contará com duas grandes instalações. Uma delas é um inflável de duas cobras, de 18 metros, nos arcos do Viaduto Santa Tereza. A outra será uma série de cinco bandeiras, com o trabalho de cinco artistas, impresso, que vão ficar expostos na fachada da antiga Escola de Engenharia da UFMG, na Avenida do Contorno.
Arte na pandemia
Em meio à pandemia do novo coronavírus, o circuito terá palestras e oficinas transmitidas via Instagram. Sem festas e aglomerações, toda a programação será feita de forma virtual e gratuita.
Contando com as obras que serão feitas, o CURA expõe 18 obras de artes em fachadas empenas, sendo 14 na região do hipercentro da capital mineira e quatro na região da Lagoinha, formando, assim, a maior coleção de arte mural em grande escala já feita por um único festival brasileiro.
O CURA também presenteou BH com o primeiro e, até então, único Mirante de Arte Urbana do mundo.
*Estagiária sob supervisão da sub-editoria Ellen Cristie