A busca por testamentos aumentou em 170% entre os meses de abril e julho de 2020, aponta os dados dos Cartórios de Notas de Minas Gerais. A tendência, que também foi observada em diversos outros estados brasileiros, é que esses números continuem subindo.
Tabeliães relatam aumento na busca por orientações sobre testamentos por idosos, profissionais de saúde e pessoas que, em geral, fazem parte do grupo de risco da COVID-19. Os dados demonstram preocupação para que os bens sejam corretamente encaminhados e as vontades cumpridas em caso de morte.
"A pandemia evidenciou a necessidade do planejamento sucessório e as pessoas estão mais atentas à resolução das questões que envolvem bens materiais. Neste sentido, o testamento é um caminho simples e seguro para que os conflitos e irregularidades entre os herdeiros sejam evitados", comentao presidente do Colégio Notorial do Brasil Minas Gerais (CNB/MG), Eduardo Calais.
Outros estados também se destacam na comparação entre os meses de abril e julho deste ano, como Amazonas (1000%), Ceará (933%), Roraima (400%), Distrito Federal (339%), Maranhão (300%), Mato Grosso (300%), Sergipe (260%), Pernambuco (225%), Espirito Santo (175%), Rio Grande do Sul (187%), Alagoas (167%) e Santa Catarina (108%). Os dados foram coletados pelo Colégio Notarial do Brasil - Conselho Federal (CNB-CF), por meio de Serviços Eletrônicos Compartilhados (Censec).
O Testamento
O testamento público é um documento em que uma pessoa declaram como e para quem deseja que seus bens sejam destinados após a morte. Para procedê-lo, é necessária a presença de duas testemunhas que não sejam herdeiros. Todos devem levar documento de identificação. A presença do advogado.
O documento pode ser alterado ou revogado enquanto o testador estiver vivo e lúcido, e terá validade e publicidade somente após a morte dele.
Durante a pandemia, os atos puderam ser realizados de forma online, por meio da plataforma e-Notariado.