Jornal Estado de Minas

RESULTADO HISTÓRICO

Maiores aglomerados de BH superam 120 dias sem registro de mortes


Uma das grandes preocupações das forças de segurança de Minas Gerais é com as quatro maiores favelas de Belo Horizonte. Em três delas – Aglomerado da Serra, Morro dos Papagaios e Morro das Pedras –, já são mais de 120 dias sem registro de homicídio.





O líder nessa estatística é o Morro das Pedras: são 175 dias sem ocorrência de morte. A última aconteceu em 19 de janeiro deste ano. Localizado na Região Oeste de BH, a favela era conhecida pelas chacinas nos anos 2000, por isso, foi o embrião do primeiro portfólio da Polícia Militar de MG com foco exclusivo na prevenção a homicídios, o Grupo Especial de Policiamento em Área de Risco (GEPAR), criado 2002 depois de uma chacina que deixou cinco vítimas.

É o melhor resultado em 27 anos de existência do 22º BPM.

Em segundo aparece a maior favela da capital e uma das maiores do Brasil, o Aglomerado da Serra (152 dias). Em anos anteriores, a comunidade ficou marcada pelos confrontos entre gangues, que culminavam em mortes. O único homicídio deste ano foi em 12 de abril.

Na terceira posição, o Morro do Papagaio, na Região Centro-Sul de BH, que não registra assassinato há 123 dias. O aglomerado foi palco da primeira Patrulha da PMMG com foco na prevenção de homicídios, a Patrulha São Thomaz de Aquino, em 1994. Eram comuns os confrontos entre as instituições de Segurança Pública, traficantes e homicidas, além de apresentar altos índices de homicídios nos anos 2000.





O complexo formado pelo Alto Vera Cruz e Taquaril, que já apresentou número de homicídios perto de três dígitos em oito meses, em anos anteriores, apresenta nos últimos três anos quedas expressivas. São 41 dias sem crimes de homicídio.

Resultado histórico


Segundo o tenente coronel Fábio Almeida, que comanda o 22º BPM, que coordena o policiamento nessas quatro áreas, os números representam um resultado histórico.

“São resultados do policiamento ostensivo e preventivo na região Centro-Sul, além de parte das regiões Leste e Oeste de BH. A redução é de 12% em relação ao mesmo período de 2019”, afirma.