A Prefeitura de Belo Horizonte autorizou a abertura das lojas instaladas na cidade aos sábados. A liberação, parte da flexibilização das medidas restritivas tomadas ante a pandemia do novo coronavírus, passa a valer a partir deste sábado (12). O avanço foi bastante comemorado por donos de estabelecimentos.
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Segundo César Albuquerque, vice-presidente do Sindicato de Lojistas de Belo Horizonte (Sindilojas-BH), a retomada das atividades comerciais aos sábados pode dar fôlego financeiro os comerciantes.
"Os lojistas estavam ansiosos por essa liberação por sabermos que sábado é o melhor dia de compras que temos. Belo Horizonte tem a tradição de ter o sábado como dia em que as pessoas vão às compras. É uma medida que nos ajuda muito na reta final de um ano tão penoso", comemorou.
O Sindilojas estima queda entre 50% e 70% no faturamento dos comércios instalados na capital. O setor de vestuário foi um dos mais afetados pela pandemia. Por ora, as lojas continuam proibidas de funcionar aos domingos. Albuquerque, contudo, disse que tal dia da semana não representa parte considerável do faturamento obtido pelas lojas.
Bares continuam 'na mesma'
Não houve avanço na questão dos bares e restaurantes. A abertura para almoço, desde que sem a venda de bebidas alcoólicas, continua permitida. O consumo de álcool está liberado apenas de sexta a domingo, das 17h às 22h. A nova fase iniciada no último dia 4, aconteceu por meio de acordo firmado entre o município e o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), contudo, esperava novos avanços já nesta semana.
"A prefeitura está seguindo o acordo (firmado) junto ao Tribunal de Justiça. Esperávamos que, com os números baixos, esta semana poderíamos ter uma flexibilização de nosso segmento de segunda a quinta-feira", pontuou Ricardo Rodrigues, vice-presidente da entidade em solo mineiro.
Ele projeta mudanças no cenário. "Vamos aguardar a próxima semana e, com certeza, com os números que a prefeitura têm divulgado, certamente conseguiremos uma flexibilização um pouco melhor", completou.
Atualmente, Belo Horizonte tem 1.713 leitos de enfermaria disponíveis, com uma ocupação de 42%. Os leitos de UTI, por seu turno, apresentam uma ocupação de 43%. A velocidade de propagação da doença está em 0,95. Os três indicadores, utilizados pela saúde municipal para respaldar eventuais mudanças, estão no nível verde — tido como o mais seguro.
Processo de flexibilização
Depois de flexibilizar a quarentena e liberar o funcionamento de alguns setores do comércio varejista entre 25 de maio e 26 de junho, o prefeito Alexandre Kalil (PSD) voltou à "fase zero" – apenas os serviços essenciais poderiam funcionar. A reabertura gradual só foi retomada a partir de 6 de agosto, quando alguns segmentos não-essenciais puderam funcionar em escala alternada, três dias por semana.
Já no dia 20 de agosto, Kalil atendeu a um pedido de entidades ligadas aos lojistas da capital e aumentou a quantidade de dias permitidos para o funcionamento do comércio, que recebeu autorização para abrir as portas de segunda e sexta. Nessa etapa, umas das novidades da flexibilização foi a permissão para a reabertura dos restaurantes para almoço, sem consumo de bebida alcoólica nos locais.
Uma semana depois, a PBH oficializou a reabertura de bares e restaurantes a partir do dia 4 de setembro, com horários e dias da semana definidos. Além disso, o Executivo municipal autorizou o funcionamento de academias e clínicas de estética. Todos os segmentos estão tendo que adotar protocolos específicos.