A soma entre o tempo seco e a irresponsabilidade do ser humano sempre resulta em alta dos incêndios em vegetação no mês de setembro – período que concentra o auge histórico desse tipo de ocorrência. Em Minas, nesta sexta-feira (11), o Corpo de Bombeiros computa 71 chamados só na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
A principal ocorrência se concentra em Mário Campos, na Grande BH. O fogo ainda permanece, e o objetivo da corporação era encerrar o combate às chamas até meio-dia deste sábado (12).
Com isso, a operação dos militares pode durar mais que quatro dias.
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Ainda na Grande BH, em Pedro Leopoldo, um bambuzal pegou fogo na Rua José Rosa de Oliveira, Bairro Santo Antônio da Barra, atrás de um campo de futebol. Um pasto localizado ao lado também foi atingido, mas ninguém se feriu.
Interior
Em Ituiutaba, no Triângulo, o fogo consumiu uma vegetação localizada no Bairro Novo Tempo 2 durante a madrugada desta sexta. A vizinhança acordou com o clarão das chamas, informaram os bombeiros.
Eles usaram abafadores e, depois de duas horas de trabalho, conseguiram conter o fogo, que consumiu cerca de cinco hectares de mata nativa.
Animais foram encontrados em situação crítica por causa da fumaça no local.
Já em Guaxupé, no Sul, o incêndio aconteceu às margens da BR-491, onde estava localizado um matagal. As chamas chegaram a um antigo depósito de uma fábrica de aviamentos.
Uma retroescavadeira da prefeitura precisou retirar o material abandonado, já que a maioria se tratava de itens de fácil combustão, como poliéster e papelão. Foram usados 25 mil litros d'água.
Ainda no Sul do estado, em Campo do Meio, bombeiros combateram um incêndio em uma vegetação pelo terceiro dia consecutivo. Eram vários focos de incêndio no entorno de uma serra.
A dificuldade girava em torno da mata densa e fechada, que atrapalhou a ação dos militares.
Oito ocorrências em 24 de horas foram registradas só em Araxá, no Alto Paranaíba. Lotes vagos, áreas de preservação e até uma fazenda estavam entre os endereços. No imóvel, um canavial e colmeias inteiras de abelhas foram destruídos.
Uberlândia, no Triângulo, computou dois chamados, segundo os bombeiros: um na BR-050, no Km 112; e outro entre uma subestação da Cemig e um assentamento denominado Tocantins. Quatro viaturas se deslocaram e não houve vítimas.
Setembro em chamas
Historicamente, a maior média de incêndios em Minas Gerais é computada no mês de setembro, conforme dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Neste ano, já foram registrados 1.127 focos até essa quinta, 112 por dia em média. A mediana dos últimos anos para o mês é de 3.294, 110/dia.