Centenas de pessoas se dirigiram às agências do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), mas deram com a cara na porta, na manhã desta segunda-feira (14). As unidades do Padre Eustáquio, que inclui a perícia médica, na região Oeste da Capital, e a da Rua Guaicurus com Espírito Santo, no Centro, permaneceram com as portas fechadas e muita gente ficou sem informações de como conseguir atendimento.
O instituto informou que, nesta primeira etapa da retomada, as agências atenderão apenas aos segurados agendados. E nem todas as pendências serão atendidas de forma presencial, por enquanto. O regime de plantão para tirar dúvidas continua, enquanto o modo presencial não for totalmente retomado.
A operadora de caixa desempregada Michele Gomes de Sousa, 30 anos, tentava uma perícia para seu pai, o pedreiro Altaide Pimenta de Souza, de 54. Ela conta que ele faz tratamento oncológico há dois anos. Em março, foi internado na Santa Casa de Belo Horizonte, e a filha conseguiu trocar perícia presencial, marcada para o dia 8 daquele mês, para hospitalar. Porém, o procedimento não aconteceu. No dia 12, Altaide recebeu alta.
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Desde então, eles não conseguem a remarcação. Segundo a filha do beneficiário, o aplicativo do instituto não aceita a remarcação por essa via, sob alegação de que ele 'faltou à perícia anterior'. Michele contesta. "Estou com todos os documentos que comprovam a remarcação de perícia hospitalar e que ela não foi realizada porque ninguém do INSS apareceu ao hospital."
Nesta segunda-feira, eles chegaram à agência do Padre Eustáquio por volta das 7h30, já encontrando uma grande fila, mas não conseguiram remarcar a perícia. A filha do pedreiro alega que o último benefício recebido pelo pai foi em fevereiro e que a família passa por dificuldades.
Ele mora com a filha e uma neta de 12 anos. Disse que os valores das duas últimas parcelas do auxílio-doença foram reduzidos. Ele recebia em torno de R$ 1.300, de acordo com o salário-base da categoria, mas foi supreendido com redução para um salário mínimo nas últimas parcelas recebidas (R$ 1.045). O pedreiro diz que já entrou com pedido de aposentadoria, uma vez que completou o tempo de contribuição, mas não obteve resposta.
Ele mora com a filha e uma neta de 12 anos. Disse que os valores das duas últimas parcelas do auxílio-doença foram reduzidos. Ele recebia em torno de R$ 1.300, de acordo com o salário-base da categoria, mas foi supreendido com redução para um salário mínimo nas últimas parcelas recebidas (R$ 1.045). O pedreiro diz que já entrou com pedido de aposentadoria, uma vez que completou o tempo de contribuição, mas não obteve resposta.
A falta de orientação e informação foi a reclamação de grande parte das pessoas que se dirigiram à agência no Padre Eustáquio. O casal Sirlene Percilia de Araújo Meira, 44 anos, do lar, e Sidney Aparecido Meira, de 49, autonômo, tenta há meses uma certidão para regularizar sua situação com o Instituto Nacional de Reforma Agrária (Incra).
Baseados em informações colhidas na imprensa, foram até a unidade e se surpreenderam com as portas fechadas. Sirlene diz que tem até o dia 25 deste mês para resolver a questão no Incra, mas que não teve qualquer orientação de onde recorrer. "Sei que tem gente com maiores urgências, porém nosso caso prevê apenas atendimento presencial. Não há opção de atendimento pelo 135 ou pelo site e não tem quem nos explique o que fazer. Nosso prazo está vencendo", reclama. Sidney e Sirlene disseram que não havia ninguém no local que informasse sobre os procedimentos. "Apenas os vigilantes que não sabiam das orientações".
Baseados em informações colhidas na imprensa, foram até a unidade e se surpreenderam com as portas fechadas. Sirlene diz que tem até o dia 25 deste mês para resolver a questão no Incra, mas que não teve qualquer orientação de onde recorrer. "Sei que tem gente com maiores urgências, porém nosso caso prevê apenas atendimento presencial. Não há opção de atendimento pelo 135 ou pelo site e não tem quem nos explique o que fazer. Nosso prazo está vencendo", reclama. Sidney e Sirlene disseram que não havia ninguém no local que informasse sobre os procedimentos. "Apenas os vigilantes que não sabiam das orientações".
O motorista de coletivo articulado Carlos Augusto Silva de Ávila, 44 anos, sofre de enfisema pulmonar e foi afastado da empresa em março, por pertencer a grpo de risco à COVID-19. Entretanto, diz que desde então não conseguiu receber "nem um centavo, nem da empresa ou do governo". Ele tentava uma carta de deferimento do INSS para voltar a trabalhar. "Minha família está passando necessidades. Tive três deferimentos do auxílio emergencial negados e não consegui a perícia médica para ser afatado. Preciso trabalhar e cheguei aqu e não consegui qualquer informação".
Prioridades
Em nota, a assessoria do INSS informou que "duas unidades do INSS abriram, nesta segunda-feira (14), em Belo Horizonte: a BH-Oeste e a Calafate. Com a reabertura gradual, estão sendo priorizados, nesta primeira fase, a avaliação social, cumprimento de exigência, justificação administrativa e reabilitação profissional. Em Minas, estavam previstas a abertura de 77 agências."
Os serviços que não estão disponíveis de forma presencial, neste primeiro momento, continuam realizados pelos canais remotos, o Meu INSS (gov.br/meu inss, site e aplicativo para celular) e telefone 135, que funciona de segunda a sábado, de 7h às 22h, segundo a nota.
As perícias médicas necessitaram passar por adequações nas salas de atendimento para retomada das atividades presenciais. O segurado que tinha agendamento para avaliação pericial antes da liberação das salas, deve desconsiderar e proceder com a remarcação pelo Meu INSS e telefone 135.
Segundo o instituto, desde a quinta-feira (10/9) esses procedimentos vêm sendo tomados, após inspeção realizada nos dias 8 e 9 de setembro. E que vistorias estão marcadas para hoje (14), em ação conjunta entre INSS e a Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, e, uma vez que as adequações do consultórios forem comprovados os atendimentos serão retomados.
Com o retorno do atendimento presencial, somente poderá requerer a antecipação do auxílio (no valor de R$ 1.045), o segurado que residir em município localizado a mais de setenta quilômetros de distância da agência mais próxima, em que haja unidade de atendimento da Perícia Médica Federal com o serviço de agendamento disponível. Foram reabertas 600 agências em todo o país.