Jornal Estado de Minas

ESTELIONATO

PF investiga quadrilha que vendia vagas falsas na Faculdade de Medicina da UFMG

Uma quadrilha que supostamente vendia vagas falsas na Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) foi alvo da Polícia Federal (PF) nesta segunda-feira (14). A corporação, que investiga a ação criminosa há um ano e meio, cumpriu três mandados de busca e apreensão nesta manhã em municípios e estados diferentes: Contagem, em Minas Gerais, Goiânia, em Goiás, e na cidade do Rio de Janeiro.





Os mandados foram expedidos pela 4ª Vara Federal de Belo Horizonte, cidade sede do Campus Saúde da UFMG, onde se localiza a Faculdade de Medicina. A PF informou que supostos estelionatários usavam documentos falsificados, com timbre e assinaturas não originais de servidores da instituição.

A corporação também informou que, muitas vezes, os negócios eram fechados nas dependências da Faculdade de Medicina, para dar mais credibilidade ao ato criminoso. Os “clientes” pagavam com dinheiro e até com bens materiais, como carros, até descobrir que tinham caído em um golpe.
 
De acordo com o delegado federal Adriano Gechele de Freitas, os criminosos receberam valores de pessoas de várias regiões do país, o que leva a crer que a quadrilha praticava esses crimes em outras faculdades. 




 
Como as vagas negociadas por eles não eram disponibilizadas, os "clientes" entravam em contato com a faculdade para saber o que tinha ocorrido. Ainda segundo o delegado, foi esse movimento que fez com que a Polícia Federal tomasse conhecimento das denúncias.
 
De acordo com a PF, mais de R$ 1 milhão foi movimentado entre as contas investigadas. Além da busca e apreensão, a Justiça determinou o bloqueio de bens de investigados.

Os investigados poderão responder por crimes de estelionato, falsificação de documento, uso de documento falso e associação criminosa, podendo cumprir até 20 anos de prisão, se condenados. 
 
A UFMG ainda não se pronunciou sobre esta etapa da operação da PF, batizada de “Hipócrates”.

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