O cão vivia nos arredores do hospital há cerca de sete anos, à espera do dono que morreu na unidade de saúde. Sem aviso, a ativista chegou ao local dizendo que iria levar o vira-lata embora para que ele pudesse ter uma chance de viver.
Em reportagem publicada na quinta-feira (10) pelo Estado de Minas, a assessoria do Hospital Nossa Senhora de Lourdes informou que o cão estava recebendo medicamentos para tratar um problema abdominal. Ainda segundo a assessoria, a equipe da clínica veterinária da Faculdade Arnaldo, iria buscar o “Negão”, nesta terça-feira (15) para a realização de exames e a continuação do tratamento.
Em áudio enviado por uma das funcionárias do hospital, Gabriela Vasconcelos ameaça processar a instituição e a clínica veterinária, caso o cão viesse a falecer.
A assessoria do hospital informou que muitos funcionários estão tristes com o ocorrido e que vai tentar negociar, de forma amigável, a devolução do animal com a ativista. Ainda de acordo com a assessoria, várias pessoas se interessaram em adotar o “Negão”, e um processo já estava em andamento para escolher o melhor lar possível para o vira-lata.
Versão da ativista
Gabriela Vasconcelos contou que ficou sabendo da história de “Negão” através da imprensa. Coordenadora de um santuário animal, a ativista foi até o local onde o vira-lata morava. “O animal não estava recebendo os cuidados devidos. Simplesmente agi pela vida dele. Ele estava maltratado, desidratado, desnutrido, cheio de carrapatos e todo sujo”, relata.
Segundo Gabriela, o cão está internado em uma clínica veterinária, e não tem previsão de alta. “Ele é cardiopata, está com dificuldades para respirar e com distensão abdominal.” A ativista ainda afirmou que assim que o animal estiver com a saúde estável, irá colocá-lo para adoção.
História de filme
A história de “Negão” se assemelha à história verídica contada no filme “Sempre ao seu lado”. Em ambos os casos, o cão passou anos esperando a volta do dono que havia morrido. “Negão” se tornou o mascote da equipe do Hospital Nossa Senhora de Lourdes, em Nova Lima. Lá ele tinha casa, alimento e o carinho de quem trabalha e frequenta o local.