A Polícia Civil de Minas Gerais investiga as causas da morte da cabeleireira Edisa de Jesus Soloni, de 20 anos, que morreu após se submeter a cirurgias plásticas em Belo Horizonte.
O óbito ocorreu em 11 de setembro, horas depois que ela realizou três procedimentos na clínica Belíssima, situada na Savassi, Região Centro-Sul de Belo Horizonte.
Parentes e amigos da jovem fizeram um protesto na porta do estabelecimento na tarde dessa segunda-feira (14). Munido de faixas e cartazes, o grupo acusou o médico, que é dono da clínica, de negligência.
De acordo com os familiares, o cirurgião teria convencido Edisa a realizar três procedimentos simultaneamente: lipoabdominoplastia (remoção de gordura e pele em excesso do abdômen), inserção da gordura retirada da barriga nos glúteos e lipo na papada. Todas as intervenções teriam sido feitas na própria clínica, já que o profissional avaliou que elas poderiam prescindir da estrutura hospitalar. As operações, segundo a família, custaram R$ 11 mil, pagos à vista.
Edisa desmaiou quatro horas após as cirurgias. O médico chegou a encaminhá-la ao Hospital Felício Rocho, mas a cabeleireira morreu pouco depois de dar entrada na instituição.
Apuração
O Conselho Regional de Medicina (CRM) afirmou, em nota, que soube do episódio por meio da imprensa e dará inícios aos "procedimentos regulamentares necessários à apuração dos fatos". A Clínica Belíssima Cirurgia Plástica não respondeu às tentativas de contato da reportagem.