Expositores da Feira Hippie farão uma manifestação na tarde desta terça-feira (15), na portaria da Prefeitura de Belo Horizonte, reivindicando o retorno total de suas atividades. O protesto é uma resposta à uma proposta apresentada pela Prefeitura de retomada de apenas 50% das barracas e de revezamento entre os feirantes.
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Ouro Preto reduz leitos de enfermaria na Santa Casa após queda na taxa de ocupação Após registrar menor número em 24 horas, óbitos por COVID-19 sobem novamente em MinasPolícia apura morte de jovem após cirurgias plásticas em BHApós liminar, prefeita de São Tomé das Letras tenta impedir reabertura da cidade para o turismoInsatisfeitos, expositores da Feira Hippie protestam na porta da Prefeitura de BH"A gente pede 100% dos expositores, mas, como contrapartida, pedimos o aumento do espaço. Assim, conseguimos manter o distanciamento entre as barracas e fazer com que todos voltem a trabalhar", comenta Marcos Mello, expositor há 39 anos. Extraoficialmente há duas propostas de expandir o espaço da Feira: indo da Praça Sete até a Praça Tiradentes e outra da Praça Sete até a Praça Milton Campos.
"A gente só trabalha quatro domingos no mês. Nessa proposta da Prefeitura, só trabalharemos dois e já ficamos seis meses parados. É inviável", completa Mello. A manifestação está marcada para às 14h30.
Controvérsias
A manifestação, entretanto, não representa os interesses de todos dos expositores. Luis Claudio de Almeida, expositor há 43 anos e membro da Comissão Paritária (representação oficial dos feirantes junto à Prefeitura, eleita entre eles), afirma estar aguardando um posicionamento oficial do Executivo.
"A Prefeitura ficou de fazer uma pesquisa para entender quantos expositores estão dispostos a voltar para que, juntos, possamos montar um layout que contemple todo mundo que queira voltar", esclarece. "A negociação é essa e está parada porque estamos esperando os resultados".
Luis Claudio ainda esclarece que não há nenhuma proposta oficial de expansão do espaço da feira. "A proposta atual da PBH contempla 880 barracas, mas vai que, por exemplo, apenas 1200 expositores queiram voltar?", questiona. "Muitos estão com medo, alguns infelizmente faleceram. Precisamos montar o layout com um número real de feirantes".
Almeida esclarece, ainda, que a manifestação de hoje foi espontânea, sem ligação com as lideranças oficiais da Feira. "Eu respeito o posicionamento deles, mas, por outro lado, existem outros expositores que concordam com os 50%. Mas nós, comissão, precisamos saber a dimensão que a Feira terá a partir de agora", ressalta.
A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Belo Horizonte, mas não teve retorno até a publicação desta matéria.
*Estagiário sob supervisão do subeditor Frederico Teixeira