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Estado de Minas FLEXIBILIZAÇÃO

Insatisfeitos, expositores da Feira Hippie protestam na porta da Prefeitura de BH

Manifestantes pedem retomada total da feira, enquanto o Executivo municipal propõe um rodízio


15/09/2020 15:59 - atualizado 15/09/2020 19:18

Expositores da Feira Hippie fazem manifestação na porta da Prefeitura de Belo Horizonte, pedindo retomada total(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A. Press)
Expositores da Feira Hippie fazem manifestação na porta da Prefeitura de Belo Horizonte, pedindo retomada total (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A. Press)
Expositores da Feira Hippie, em Belo Horizonte, estão insatisfeitos com a proposta de retomada apresentada pelo Executivo municipal. Eles fizeram um protesto na tarde desta terça-feira (15), na porta do prédio do prédio da Prefeitura Municipal de BH (PBH) para cobrar um novo posicionamento do prefeito, Alexandre Kalil

A feira, realizada aos domingos, foi paralisada devido à pandemia do novo coronavírus. Com a flexibilização das atividades na capital, Kalil anunciou, no fim do mês passado, que apenas 880 barracas poderiam voltar a funcionar. Esse número representa a metade do total de expositores e, segundo a prefeitura, a ideia é fazer um rodízio para que cada domingo seja feita a troca dos feirantes.
 
Ver galeria . 10 Fotos Manifestação de trabalhadores da Feira de Artesanato da Av. Afonso Pena, em Belo HorizonteGladyston Rodrigues/EM/D.A.Press
Manifestação de trabalhadores da Feira de Artesanato da Av. Afonso Pena, em Belo Horizonte (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A.Press )
 

A proposta não agradou a aguns expositores. É o caso de Carlos Nilton Antunes, de 60 anos, que trabalha na feira há 40 anos. Para ele, a retomada tem que ser para todas as barracas.

“Tudo que tenho e consegui foi na Feira Hippie. Desde a paralisação, em março, achei que ia durar no máximo duas ou três semanas. Enquanto isso, eu e minha família fomos fazendo máscaras para vender, mas não conseguimos recuperar toda a venda que perdemos nesses meses parados”, disse.

“A feira tem que retomar 100%, não tem como deixar só metade. Muita gente depende disso, tem muitas pessoas idosas que trabalham nela. A prefeitura deveria estender o espaço para todo mundo voltar”, completou.
 
Carlos Nilton Antunes, tem 60 anos e trabalha na feira há 40 anos junto da família(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A. Press)
Carlos Nilton Antunes, tem 60 anos e trabalha na feira há 40 anos junto da família (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A. Press)
 
 
Segundo Rafael Mendonça, líder do movimento "Feira 100%", muitos feirantes estão passando por dificuldades. "Nosso grupo tem muitos idosos, que ficam profundamente tristes ao verem uma longa história ser pulverizada, renegada e tratada como insignificantes por nossos representantes. Muitos deles estão enfrentando muita dificuldade sem dinheiro para comprar remédios e pagarem as contas", explicou. 

De acordo com informações apuradas pela reportagem, muitos feirantes discordaram dos representantes que se reuniram com a prefeitura. Eles informaram que as propostas apresentadas no diálogo com o Executivo Municipal não atendem aos anseios da maioria.

A palavra da prefeitura

 
Em nota, a Prefeitura de Belo Horizonte informou que a proposta foi feita com base nos parâmetros de distanciamento social colocados pela Vigilância Sanitária.

"A comissão paritária está avaliando a proposta e, junto com a PBH, fazendo um censo para apurar junto aos feirantes aqueles que querem retornar durante a pandemia. Caso haja queda expressiva no interesse, algum protocolo poderá ser analisado. Enquanto isso, aguardamos a apreciação da proposta atual por parte dos interessados", concluiram. 
 
*Estagiária sob supervisão da subeditora Kelen Cristina  


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