Jornal Estado de Minas

Afogamento

Professor é encontrado morto em cachoeira após prática de rapel

No início da noite de terça-feira (15), o corpo do professor A. S. M, de 31 anos, natural de Lima Duarte, na Zona da Mata mineira, foi encontrado na Cachoeira do Cadeado, no município de Olaria, a cerca de 170 quilômetros de Juiz de Fora. Segundo amigos da vítima, o grupo teria ido ao local fazer trilhas e praticar rapel e o homem, após descer a queda d’água preso às cordas, pulou no remanso para nadar até à margem, mas submergiu. 



Uma guarnição do Pelotão de Emergências Ambientais e Resposta a Desastres (Pemad) dirigiu-se ao local. Os bombeiros fizeram o mergulho com equipamentos e encontraram o corpo já sem vida, por volta das 18h45 O óbito foi constatado pela equipe médica do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Lima Duarte. Não se sabe ainda a causa da morte, mas suspeita-se que um mal súbito ou câimbras, após a prática do rapel, tenha provocado o afogamento. 



Com a onda de calor na Zona da Mata e o relaxamento do isolamento social em muitas cidades da região, a tenente Vanessa Leandro Filippo, do 4º Batalhão de Bombeiros Militar (4º BBM), responsável pela cobertura na área, nota o aumento da procura por trilhas e cachoeiras, como opção de lazer e prática de esportes. Porém, ela destaca os perigos desses locais, especialmente, quando desconhecidos.

“Em primeiro lugar, quando for procura um lugar para banho, vá àqueles que já são conhecidos por você ou por outra pessoa do grupo; não ultrapasse faixas ou placas de aviso, evite nadar sozinho e não entre na água se tiver feito uso de bebida alcoólica”, salienta.



A tenente reforça também o risco de saltar de locais elevados para dentro d’água, pois pode haver pedras soltas, rochas encobertas pela água e ocorrerem acidentes. “Tenha atenção redobrada com as crianças, não as deixe brincando sozinhas”, completa.

No caso de percursos em trilhas no mato, o ideal é deixar outros familiares avisados do trajeto que irá ser percorrido, com o máximo de detalhes sobre um possível paradeiro, até mesmo, coordenadas geográficas. “Procure sempre fazer trilhas com o acompanhamento de um guia”, diz a tenente. Vale também fazer uma estimativa de quantas horas o grupo irá demorar para retornar ao local de partida, assim, caso ultrapasse muito esse tempo, quem ficou na base vai ter um indicativo de que algo está errado. 

No caso de avistar alguém se afogando, a tenente explica que não se deve tentar salvar a vítima sem estar devidamente capacitado para esse feito. “Prefira lançar flutuadores – um pedaço de galho, cordas, boias – para salvar pessoas em vez da ação corpo a corpo”, orienta. Em caso de emergência, ligue, imediatamente, para o Corpo de Bombeiros Militar, pelo número 193.

O boletim de ocorrência, de encontro de cadáver, foi lavrado pela Polícia Militar de Lima Duarte e o corpo seguiu para o Instituto Médico Legal (IML) de Juiz de Fora.