A 1ª Vara Criminal de Uberaba aplicou a maior pena coletiva a um grupo criminoso da história de toda a região. Dez homens que participaram de ataque e roubo do Banco do Brasil, na Região Central da cidade, na madrugada de 27 de junho, foram condenados a mais de 1.500 anos de prisão. Na época, eles foram presos em flagrante, após tiroteio e perseguição policial, sendo que outros 15 integrantes da quadrilha conseguiram fugir.
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"Queria que pegassem pena máxima", diz pai de fisiculturista sobre condenação dos culpadosTJ mantém condenação a município por não pagar adicional de insalubridade a enfermeiro Ação da polícia contra quadrilha de ataques a bancos termina com seis mortos em MinasPrefeito de Cássia é condenado na Justiça por chamar funcionário de 'cascavel'Entre os crimes que levaram à condenação dos 10 homens estão latrocínio, já que uma mulher morreu baleada durante o assalto, além de roubo e organização criminosa armada. Outro fator que pesou para a alta pena dos condenados é que eles já tinham passagens pela polícia paulista por roubos e outros crimes. Ainda de acordo com o juiz Marcelo Lemos, os bens dos condenados, no valor de cerca de R$ 50 milhões, foram sequestrados na decisão condenatória.
Segundo informações da coluna Falando Sério, do jornalista Wellington Cardoso, a defesa dos acusados pediu a absolvição de todos, argumentando a insuficiência de provas de que participaram do assalto, apesar da prisão em flagrante.
Com os condenados foram apreendidos fuzis 7.62 e 556, metralhadora ponto 50, pistolas 9mm e ponto 40, coletes à prova de bala e farta munição. Além disso, os veículos que eles usaram na tentativa de fuga e abandonaram na BR-262 foram flagrados por câmeras do Olho Vivo e material genético de alguns chegou a ser recolhido nos veículos por peritos criminais.
Com os condenados foram apreendidos fuzis 7.62 e 556, metralhadora ponto 50, pistolas 9mm e ponto 40, coletes à prova de bala e farta munição. Além disso, os veículos que eles usaram na tentativa de fuga e abandonaram na BR-262 foram flagrados por câmeras do Olho Vivo e material genético de alguns chegou a ser recolhido nos veículos por peritos criminais.
Disparos, explosão, roubo, reféns, tiroteio com a PM e uma mulher morta
No dia do crime, parte do grupo criminoso, formado por 25 homens fortemente armados, conseguiu fugir com o que se sabe, milhões em reais (nestes casos os bancos não fornecem os números exatos).
Na época, a quadrilha cercou a região central de Uberaba por volta das 3h30 e fez diversos disparos. Segundo o boletim de ocorrência da PM, enquanto alguns dos assaltantes faziam disparos para o alto e na direção de lojas e veículos na região, outros invadiram o banco. Em seguida, eles explodiram o cofre da agência, sendo que dois vigilantes do banco foram feitos reféns e precisaram ser socorridos por terem inalado fumaça.
Após a PM montar cerco nas proximidades do banco, houve trocas de tiros. Três pessoas foram baleadas, entre elas uma mulher que morreu após ser atingida com um tiro na cabeça. Ainda conforme o BO da PM, os assaltantes fizeram outros reféns durante a fuga pela BR-262, sentido Araxá. Após rastreamentos, parte do grupo foi presa em estrada vicinal nas imediações da rodovia e as armas de grosso calibre foram apreendidas.
A Polícia Civil, em Uberaba, continua a investigação para prender os outros envolvidos. "É uma investigação difícil, complicada, já que há o crime organizado nessa quadrilha. São indivíduos de outros estados, então identificação e localização deles são complicadas ", informou o delegado Gustavo Anai.