Na onda amarela desde 29 de agosto, Itabirito, na Região Metropolitana de BH (RMBH), emitiu um alerta à população nesta quarta-feira (16) sobre aglomerações na cidade. Segundo a assessoria da prefeitura, é comum ver pessoas caminhando nas ruas sem máscaras e desrespeitando as regras de higiene e distanciamento social.
Através das redes sociais, moradores da cidade denunciaram aglomerações no comércio, bares e cachoeiras da região. Alguns relataram o medo sentido ao presenciar pessoas negligenciando orientações sanitárias.
O temor da administração municipal é que a falsa sensação de segurança resulte em aumento no número de casos da COVID-19. Em nota, a prefeitura citou o exemplo de cidades como Congonhas e Ouro Branco, que foram obrigadas a retomar medidas mais restritivas no controle do vírus.
Segundo a Secretaria de Saúde de Itabirito, até o momento, a média do número de casos e de internações continua em queda. De acordo com dados da Vigilância Epidemiológica, na semana em que o município entrou para a Onda Amarela, foram contabilizados 196 novos casos da doença. Os números mais recentes são de 89 notificações na semana do dia 7 de setembro.
Mas o secretário de Saúde de Itabirito, Marco Antônio Félix, alerta: “Essa tendência de queda é ainda bem recente, e só será mantida se não baixarmos a guarda nas medidas de prevenção”.
Caso de reinfecção
Na última segunda-feira (14), Itabirito confirmou um possível caso de reinfecção por COVID-19 na cidade. O paciente apresentou sintomas da doença pela primeira vez em junho, e voltou a apresentar quadro compatível com infecção pelo coronavírus em setembro.
O paciente apresenta sintomas leves e não precisou de internação. As amostras dos dois exames PCR positivos estão sendo analisadas pela Fundação Ezequiel Dias (FUNED). Devido à raridade, o caso será tema de um artigo científico.
Dados epidemiológicos
Segundo os números mais recentes da Secretaria de Saúde de Itabirito, a cidade contabiliza 2.047 casos de COVID-19 e 16 óbitos provocados pela doença. Seis pacientes estão internados em hospitais do município. A taxa de ocupação em leitos de enfermaria na microrregião é de 28,56%. Já ocupação dos leitos de UTI chegou aos 70%.