Jornal Estado de Minas

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Sindicato diz que volta às aulas presenciais em Ipatinga está marcada para 5 de outubro

O retorno das aulas presenciais nas escolas de Ipatinga continua sendo tema de debates e embates entre o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE), subsede de Ipatinga, e a Secretaria Municipal de Educação. Nessa quarta-feira (16) o Sind-UTE promoveu uma reunião plenária com a categoria para discutir a proposta de retomada das aulas presenciais na rede pública – segundo o sindicato, prevista para 5 de outubro. 





Os trabalhadores da área de educação que participaram da plenária virtual decidiram não retomar as aulas em 2020, alegando que a Prefeitura de Ipatinga não providenciou as condições de biossegurança orientadas por especialistas em saúde, e a região não se encontra na onda verde de propagação da COVID-19.

A Secretaria Municipal de Educação informou que não marcou data para o retorno das aulas presenciais. Segundo a SME, até o momento, está sendo discutida a possibilidade de retomada na rede pública municipal, ainda sem qualquer definição quanto a datas.

Em nota, a SME informou que desde junho implantou o Programa de Aulas Remotas e alcançou 100% dos alunos com a entrega das atividades pedagógicas, de forma impressa, a cada 15 dias.

Além disso, a SME afirma que já tem todos os módulos de atividades do programa planejados até o fim de dezembro deste ano. 





Preparação


Segundo a SME, foi autorizado, em setembro, o repasse de R$ 5,4 milhões para 45 escolas. Esse valor será aplicado em adequações físicas e estruturais dentro das normas sanitárias, como prevenção à COVID-19.

Paralelo a isso, a SME alega que tem avaliado permanentemente tanto os dados epidemiológicos quanto as orientações repassadas pelas autoridades de saúde municipal e estadual, as deliberações do programa Minas Consciente e as decisões do Comitê Gestor de Crise de Ipatinga. 

“A decisão de retomada das aulas presenciais nas escolas e creches municipais e particulares da cidade só acontecerá quando tais fatores, citados acima se apresentarem favoráveis ao recebimento de alunos, professores, servidores e outros parceiros de forma segura em seus ambientes”, informa  a nota da SME. 





Reunião

Sobre a reunião realizada em 2 de setembro, a SME confirmou que dela participaram 12 representantes de diversos segmentos, entre membros de escolas municipais e particulares, da saúde, do Ministério Público e sindicatos.

“A participação de todos foi fundamental para conhecimento das propostas apresentadas pela Secretaria Municipal de Educação sobre retorno ou não às aulas presenciais, bem como o protocolo de medidas de adequações e a adoção de normas sanitárias e de saúde”. 

A diretora do Sind-UTE, Isaura Azevedo, disse que “a questão do retorno às aulas presenciais não se concentra na definição de uma data, mas sim de um planejamento em que se considerem os aspectos do contexto regional epidemiológico e ações de biossegurança aliadas ao monitoramento e vigilância em saúde, sempre dialogados com a comunidade escolar do modo mais participativo e intersetorial”.

Na reunião plenária do Sind-UTE ficou decidido também a construção do calendário de reposição da carga horária letiva de 2020, com a proposta de ampliação da carga-horária por blocos garantindo o cumprimento de, pelo menos, cinco horas diárias.