Jornal Estado de Minas

VIOLÊNCIA

Traficantes decretam toque de recolher na Vila Pinho, em BH

Moradores da Vila Pinho, na Região do Barreiro, em Belo Horizonte, estão proibidos de sair à rua na noite desta quinta-feira (17) devido ao toque de recolher decretado por traficantes. O motivo seria a morte do chefe do cartel que atua na região, Pietro Henrique Fernandes Faria Custódio, de 25 anos. A área está cercada por viaturas da Polícia Militar, que tenta dar segurança aos moradores e localizar os responsáveis pela decisão criminosa.





 

Tudo começou com uma denúncia, recebida nesta quinta pela PM, de que o chefe do tráfico estaria num apartamento na Rua Ipê Encantado, 11, Bairro Barreirinho, em Ibirité. Uma equipe de observação foi enviada ao local e, depois de ser certificada a informação, Pietro foi visto, da janela de outro apartamento, na sala de sua residência, quando foi montada uma operação.

 

Imediatamente, foi feito um cerco do prédio. Nos fundos existe uma mata, pela qual os policiais se embrenharam até entrar no prédio. Ao chegaram em frente ao apartamento, observaram que a porta estava entreaberta. Pela fresta, Pietro viu os policiais e iniciou uma tentativa de fuga, indo para a cozinha de seu apartamento, ganhando, em seguida, a área de serviço.

 

Foi quando sacou uma arma e apontou-a em direção aos policiais. Um tiro foi dado e Pietro caiu no telhado de zinco da vizinha do apartamento de baixo. Mesmo ferido, entrou para o apartamento. A mulher saiu correndo para o corredor do prédio, pedindo socorro. Os policiais, que chegaram em seguida, entraram no apartamento e encontraram o traficante fugitivo caído, com um revólver ao seu lado.





 

Ele ainda estava vivo e foi socorrido, levado para a UPA de Ibirité, onde acabou falecendo. No apartamento, havia, além de Pietro, uma mulher, que seria sua namorada, que momentos antes da invasão, se escondeu num dos quarto. Lá os policiais encontraram, também, grande quantidade de drogas e material para embalagem.

 

Toda a droga foi levada para o 2º BPE, onde os policiais que participaram da operação tiveram suas armas recolhidas para investigação. O caso será encaminhado para a Justiça, com a recomendação de que os militares agiram em legítima defesa, uma vez que foram ameaçados por um homem com uma arma.