Comitê Municipal de Enfrentamento e Prevenção à COVID-19 vetou o retorno das aulas presenciais no Colégio Militar de Juiz de Fora (CMJF), na Zona da Mata. A proibição foi ratificada na noite dessa quinta-feira (17) durante reunião com representantes de classes. Um novo decreto será publicado neste sábado (19) com regras específicas.
Além da prefeitura, o comitê é formado por representantes de associações, hospitais, defensoria pública, comércio, setores da segurança, universidade, bares, restaurantes e sindicatos.
Em Juiz de Fora, as aulas presenciais estão suspensas desde a publicação do decreto municipal de 17 de março, e adesão da cidade ao programa Minas Consciente.
De acordo com a prefeitura, neste sábado (19), um novo decreto será publicado com regras específicas.
Segundo a assessoria, os decretos existentes suspendem as aulas presenciais em escolas públicas, e recomendam a mesma atitude em escolas particulares. Dessa forma, não há uma regra específica para escolas militares ou de nível federal. A prefeitura explica ainda que, foi ‘pega de surpresa’ por essa determinação do Ministério da Defesa liberando os colégios militares em todo o país.
Conforme informações da assessoria do Colégio Militar, a direção afirma ter ciência do que foi definido em reunião do comitê, e aguarda a publicação do novo decreto para se posicionar.
Com duas filhas alunas do Colégio Militar, com idades de 18 e 15 anos, Erlane Garcia não concorda com o retorno presencial.
Para ela, o motivo é a grande quantidade de casos de coronavírus em Juiz de Fora. Erlane ressalta que o sistema on-line de estudos está atendendo a demanda. ‘Se voltar as aulas presenciais, a rotina que foi criada para os estudos no formato virtual será quebrada. E isso vai gerar nova adaptação e uma barreira para os estudantes’, explica.
Na última quarta-feira (16), em comunicado oficial pelo site do colégio, a diretoria do CMJF - unidade de ensino que pertence ao Exército Brasileiro - informou que o retorno das aulas presenciais seria na segunda-feira (21). Nessa primeira etapa, seria de forma gradual, iniciando com alunos do ensino médio e alunos do 8º e 9º anos do ensino fundamental.
Casos em alta
De acordo com a prefeitura, um dos motivos para impedir a volta às aulas presenciais é o número crescente de casos confirmados de COVID-19.
Do dia 9 de setembro ao dia 17, a média móvel de casos confirmados aumentou 70%. Já a taxa de transmissão está em 1,6%. Dessa forma, para o executivo, ‘a situação está piorando, e não é momento de abrir escola de jeito nenhum’.
Nos próximos 21 dias, a prefeitura pretende reunir escolas particulares, militares e públicas, para estudar a aplicação de protocolos - prevendo retorno de atividades presenciais -, porém, não há uma data definida de retorno.