Pela primeira vez, nas últimas 13 semanas, o vírus transmissor da COVID-19 não foi encontrado na análise de amostras de esgoto de Belo Horizonte. O Boletim de Acompanhamento n°15, divulgado nesta sexta-feira (18), mostrou que das nove regiões que são monitoradas, uma estava sem indícios de contaminação. O monitoramento é feito a partir da Bacia do Ribeirão Arrudas, que recebe esgotos da capital, Contagem e Sabará.
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Análise de esgoto aponta nova queda de infectados por COVID-19 em BH e ContagemAnálise de esgoto indica nova queda da transmissão de COVID-19 em BHCOVID-19: amostras de esgotos indicam que BH teria 850 mil infectadosEstimativa de população infectada pela COVID-19 aumenta quase seis vezes em uma semana em BHTaxa de transmissão da COVID-19 em BH cresce e volta a estado de alertaMinas ultrapassa marca de 270 mil casos confirmados de coronavírusEm Contagem, que fica na Região Metropolitana de Belo Horizonte, houve aumentode números de infectados. Foi observado que a cidade passou de 30 mil pessoas para 70 mil pessoas infectadas.
Medidas de prevenção
Mesmo com os índices de queda de contágio do novo coronavírus, o secretário de Saúde de Minas Gerais, Carlos Eduardo Amaral, afirma que a população deve continuar praticando as medidas de prevenção. “No entanto, reforço que ainda não é momento para relaxar. As medidas de prevenção como distanciamento, o uso de máscaras, a lavagem das mãos e a utilização de álcool em gel continuam as melhores formas de prevenir a doença", conclui Amaral.
Entenda o projeto
O objetivo do monitoramento é controlar a disseminação do novo coronavírus nos esgotos e acompanhar o desdobramento do vírus em Belo Horizonte e nas cidades metropolitanas. De acordo com a diretora-geral do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), Marília Melo, o monitoramento permite estimar o número de pessoas infectadas, assintomáticas e os que não estão infectados. “Nos últimos boletins já se indica uma tendência de queda na estimativa de infectados”, disse.
Toda essa ação está sendo viabilizada através do projeto Monitoramento Covid Esgotos, que é uma iniciativa conjunta da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Estações Sustentáveis de Tratamento de Esgoto (INCT ETEs Sustentáveis/UFMG), em parceria com a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), o Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) e a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG).
O projeto de monitoramento dos esgotos é realizado de forma semanal em 24 pontos de amostragem, localizados em 17 sub-bacias de esgotamento. Conforme o superintendente de Vigilância Sanitária da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), Filipe Curzio Laguardi, a pesquisa ajuda nas tomadas de decisões do governo de Minas Gerais para o combate da pandemia no estado.