O retorno às aulas em Belo Horizonte foi tema de manifestações e discussões neste domingo (20), na Praça da Liberdade, na Região Centro-Sul. As aulas na capital estão suspensas desde 16 de março com a implantação de medidas de isolamento para impedir a disseminação do novo coronavírus. No dia 12, o governo do estado decretou estado de emergência devido à pandemia e o governo federal decretou estado de calamidade pública, seguido do município, no dia 18.
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Para a representante do Pais pela Educação, Sheila Freire, o importante é que o poder público defina um protocolo de retorno às aulas para aqueles que assim desejarem. “Queremos um retorno facultativo das aulas, para os pais de estudantes que se sintam seguros de voltar a levar seus filhos para as escolas. É preciso que sejamos ouvidos e queremos que se tenha medidas seguras para as crianças voltarem, com distanciamento, com higiene, com máscaras e todas as medidas necessárias, como equipamentos de proteção individual para professores e funcionários. Já passou do tempo de essas providências para o retorno terem sido tomadas”, afirma.
Já a farmacêutica Iole Miranda Costa, de 70 anos, que está cuidando das netas enquanto a filha viaja a trabalho, acredita que ainda não há segurança suficiente para que as crianças possam retornar às salas de aula. “Se voltar a ter aulas, as minhas netas não vão para a escola. Acho que enquanto não tivermos uma vacina segura, é prematuro um retorno para as aulas. Não é preciso se submeter a esse tipo de risco ainda. As pessoas também não levam em conta que a COVID-19 traz algumas síndromes até mesmo para as crianças”, disse. “Eu tenho saudade da escola, mas enquanto tiver o coronavírus não vamos voltar para não ficar doente”, disse a neta dela, Laura Garrido Miranda Caram, de 5 anos.