O Hospital de Campanha de Ibirité, em funcionamento desde 22 de junho, foi um dos primeiros a entrar em operação na Região Metropolitana de Belo Horizonte para atender aos pacientes com suspeita de COVID-19. As estatísticas mostram que esse acolhimento tem ajudado no controle do surto não só na cidade, como no entorno – além de atender aos moradores de Ibirité, recebeu pessoas de Belo Horizonte, Contagem, Sarzedo e Ouro Preto.
Conforme dados do boletim epidemiológico divulgado na segunda-feira (21), foram atendidos na unidade de saúde 16.777 casos suspeitos e 1.494 pacientes se recuperaram da doença.
A estrutura conta com 20 leitos de UTI e 20 leitos clínicos, além de uma sala para medicação e observação. Em todas as UTIs há respiradores, monitores, equipamentos e insumos médicos hospitalares. O investimento foi de cerca de R$ 3,9 milhões, realizado com verba municipal.
Segundo a coordenadora do hospital, Andreza Freitas, os meses mais críticos em relação à ocupação dos leitos foram julho e agosto. “Nesse período, chegamos a ter 25 pacientes clínicos, ou seja, 125% da capacidade. Esses pacientes a mais foram remanejados para os leitos de UTI. Nosso pico chegou a 50% de ocupação nessa modalidade de leitos”.
Rede pública
No final do contrato com a empresa de instalação do hospital, de 180 dias, todos os equipamentos adquiridos pela Prefeitura de Ibirité serão direcionados para o Hospital Municipal, a UPA, a maternidade da cidade e a rede municipal de Saúde.
“A decisão de construir um Hospital de Campanha em Ibirité veio após análise técnica do nosso Comitê de Enfrentamento à COVID-19 que, semanalmente, se reúne e analisa a situação da cidade e do seu entorno, além de estudar e implementar medidas de enfrentamento à pandemia”, afirma o prefeito William Parreira.
Os profissionais, médicos, enfermeiras, técnicos de enfermagem, assistentes sociais, auxiliares administrativos, vigias, auxiliares de limpeza e motoristas foram contratados pela Instituição de Cooperação Intermunicipal do Médio Paraopeba (ICISMEP), que é a responsável pela manutenção do quadro de funcionários.
“No Plano Macro da Região de Saúde de Belo Horizonte, de acordo com a capacidade de leitos, o déficit antes da implementação do Hospital de Campanha de Ibirité superava 240 leitos clínicos e 100 leitos de UTI. Sendo Ibirité a segunda maior cidade por número de habitantes e com baixa taxa de leitos, esse foi um dos indicativos para a construção do hospital de campanha, somado ao aumento de números de infectados e de óbitos na região devido ao coronavírus”, diz Carina Bitarães, secretária de Saúde de Ibirité,
*Estagiária sob supervisão da subeditora Kelen Cristina