Jornal Estado de Minas

HOMICÍDIO

Inquérito conclui que homem assassinou comparsa por divisão de partilha de roubo

A discordância sobre a partilha de produto de roubo foi a causa do assassinato de um homem por seu comparsa, no último dia 6, no Bairro São Pedro. Essa foi a conclusão do inquérito sobre o crime, segundo a delegada Letícia Gamboge, chefe do Departamento Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).



“Tanto o suspeito quanto a vítima eram envolvidos na prática de roubos, tendo como alvo diversas casas em áreas nobres da capital. Em razão de uma desavença quanto à repartição dos produtos de furto, acabou ocorrendo esse homicídio”, diz a delegada.

Michelle Campos, que coordenou as investigações, contou que os dois atuavam principalmente nos bairros Santo Antônio e São Pedro. As investigações indicaram que o autor do assassinato, de 35 anos, tem um vasto prontuário: somente em 2019, foi indiciado em pelo menos 30 ocorrências de roubo.

“O suspeito estava no Sistema Prisional e foi solto em audiência de custódia no dia 12 de agosto, por um crime de furto cometido na região central de Belo Horizonte, e a vítima estava em prisão domiciliar desde 1º de abril. Ou seja, 36 dias após conseguir a liberdade na audiência de custódia, o suspeito cometeu esse homicídio”, acrescentou o chefe da Divisão Especializada de Investigação de Crimes Contra a Vida (DICCV), o delegado Emerson Morais.



O autor do crime tem condenações, que somadas, correspondem a quase 12 anos, sempre por roubos e furtos. Ele foi indiciado por homicídio qualificado por motivo torpe e com recurso que dificultou a defesa da vítima.

A pena para esse crime varia de 12 a 30 anos de prisão.

À espera de denúncias


Michelle Campos diz que a Polícia Civil solicita que as pessoas que tenham sido vítimas de roubo ou furto nos bairros citados, no período de agosto e início de setembro, procurem a delegacia mais próxima para fazer o reconhecimento da dupla em possíveis crimes cometidos.

A delegada destaca ainda que o corpo da vítima, que tinha 37 anos, permanece no Instituto Médico Legal (IML) à espera de alguém da família para fazer a retirada.