A população de todos os 5.570 municípios brasileiros tem em mãos uma ferramenta on-line gratuita e amigável, do ponto de vista da navegação, para obter informações sobre a situação de sua cidade no combate ao novo coronavírus. Trata-se do Painel COVID-19, lançado, esta semana, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e disponível no site https://covid19.ibge.gov.br.
Segundo o órgão de pesquisa, o objetivo é também apoiar gestores municipais para planejamento de ações contra a pandemia. “O gestor municipal tem uma ferramenta por meio da qual poderá encontrar todos os indicadores de interesse num único ponto, sem precisar ficar visitando diversos produtos”, completa o coordenador de Geomática do IBGE, Rafael March.
Segundo o órgão de pesquisa, o objetivo é também apoiar gestores municipais para planejamento de ações contra a pandemia. “O gestor municipal tem uma ferramenta por meio da qual poderá encontrar todos os indicadores de interesse num único ponto, sem precisar ficar visitando diversos produtos”, completa o coordenador de Geomática do IBGE, Rafael March.
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Ipatinga: testes rápidos da COVID-19 serão feitos nas 21 UBS da cidadeDepois de oito dias, BH volta a registrar mais que 10 mortes por COVID-19Em uma única plataforma, mapas interativos permitem selecionar uma localidade e visualizar, em um mesmo ambiente, 24 indicadores. Os dados são apresentados nas seguintes categorias: população vulnerável, capacidade de resposta do sistema de saúde e acompanhamento da pandemia. As informações podem ser baixadas nos formatos kml, shp e csv. O sistema é alimentado pelos bancos do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), do Ministério da Saúde e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz/Brasil).
Na Zona da Mata, quando iluminado o eixo de acompanhamento da pandemia, chama a atenção, entre as cinco maiores cidades da região, respectivamente, Barbacena, Ubá, Muriaé, São João del-Rei e Viçosa – descartada Juiz de Fora, que merece análise separada por ser o município-pólo da macrorregião – o recente aumento do número de casos de COVID-19, em São João del-Rei.
“Sabíamos que isso iria ocorrer, pois fizemos um mutirão de testagem rápida no fim de semana. Por isso, estamos avaliando se já é hora de flexibilizar e progredir para a onda verde ou nos manter na amarela”, afirma o secretário municipal de Saúde, José Marcos de Araújo. Ele lembra que amanhã haverá uma videoconferência na qual vão se reunir representantes de todos os municípios da Macrorregião Sudeste e o assunto é a pauta do encontro.
Para a chefe do Setor de Vigilância Epidemiológica de São João del-Rei, Eliene Freitas, ainda não é o momento de flexibilizar as atividades econômicas. “O levantamento do fim de semana comprova que a circulação do vírus existe e devemos ser prudentes. Essa linha da abertura exige envolvimento da população, porque conscientização não falta, tem que ter compromisso e, isso, muitas vezes, não estamos vendo”, diz.
Quando o eixo pesquisado na plataforma do IBGE é a capacidade de resposta do sistema público de saúde, comparando-se essas cinco cidades, Ubá, mesmo em segundo lugar em termos de população, apresenta os menores números de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no Sistema Único de Saúde (SUS) por 100 mil habitantes, leitos hospitalares no SUS, respiradores no sistema e médicos no sistema.
A secretária municipal de Saúde, Dulcinea Perini, destaca que a ferramenta do IBGE retrata dados de infraestrutura da rede de 2019, em um cenário anterior à pandemia. “Houve uma ampliação na capacidade de atendimento à população em hospital local, com o incremento de 20 novos leitos de UTI e 12 leitos clínicos, além do recebimento de cerca de 20 novos respiradores. Novas equipes de médicos e enfermeiros também foram contratadas, tanto pelos hospitais como pelo próprio município, através da criação da Unidade de Atendimento Municipal COVID-19”, enfatiza.
Perini salienta ainda a intenção do município em pleitear ao estado que os novos leitos COVID-19 credenciados sejam incorporados ao quadro de leitos UTI geral do município, após a pandemia, aumentando, assim, a capacidade de resposta dos hospitais locais.