Nesta quarta-feira (23), Itabirito, cidade da Região Metropolitana de BH (RMBH), registrou o menor número de internações por COVID-19 desde o início da pandemia. Atualmente, dois pacientes recebem tratamento em enfermarias da cidade. Não há pacientes em CTIs do município.
A equipe de Vigilância Epidemiológica comemora a queda nas internações e também a redução de outros indicadores como o R0, que contabiliza o número de novos casos da doença em relação aos casos existentes. Itabirito registra um R0 de 0,95.
Leia Mais
Retrato da pandemia: Betim divulga perfil dos infectados pela COVID-19Macrorregiões de Minas são classificadas na onda amarela; somente Norte segue na verdeInternações por COVID-19 atingem pico e preocupam Patos de Minas
O número de casos confirmados por SWAB também está em declínio. No dia primeiro de setembro, foram confirmadas 15 infecções por esse tipo de teste. Nesta quarta-feira (23), foram cinco positivos por SWAB contabilizados pelo município.
O único indicador que se mantem alto na microrregião de Itabirito, que é formada ainda pelas cidades de Ouro Preto e Mariana, é a taxa de ocupação em UTIs. Segundo a Santa Casa de Ouro Preto, dos 10 leitos de UTI disponíveis na instituição, oito estão sendo utilizados.
O perigo da Onda Verde
Apesar das boas notícias, a Vigilância Epidemiológica de Itabirito chama a atenção para os riscos que a Onda Verde pode trazer. Segundo a equipe, a cidade está ainda no limite da capacidade de manter a transmissão do COVID-19 sob controle.
Como exemplo, especialistas citam o indicador R0, que em Itabirito está em 0,95. Para a equipe da Vigilância Epidemiológica do município, o número ideal seria algo em torno de 0,4.
O secretário de Saúde de Itabirito, Marco Antônio Félix, também expressou preocupação com uma possível evolução para a Onda Verde. "À medida que há uma flexibilização maior, evidentemente há um risco maior de contágio entre as pessoas".
Dados do município ainda mostram que muitas pessoas têm buscado orientações médicas após apresentarem sintomas leves de síndromes respiratórias. Além disso, a velocidade de queda da curva de casos não é a ideal. Uma abertura maior das atividades em Itabirito poderia desestabilizar a curva, e trazer uma nova onda de contaminações, alertam os especialistas.