Um novo personagem no esquema do tráfico de drogas foi identificado nesta quinta-feira (24) por policiais militares na capital mineira: o intermediário. A descoberta foi feita com duas prisões no Centro de Belo Horizonte. Na negociação, o intermediário fica com quase 100% de lucro na venda. Os pontos de atuação são principalmente em Lourdes, Savassi e Centro.
Era por volta de 13h, quando militares, comandados pelo Sargento Lourenço, estavam fazendo uma ronda e suspeitaram da atitude de dois homens, que estavam com dois embrulhos, na esquina das ruas Tupis e Espírito Santo.
Com a aproximação dos policiais, os homens se mostraram nervosos. Na abordagem, ao verificarem os embrulhos, encontraram maconha. Ao interrogar os dois suspeitos, eles contaram que estavam ali para fazer entregas.
Para o sargento, surgiu uma nova modalidade no tráfico. “Os dois formam grupos de cinco ou seis pessoas e recolhem R$ 70 de cada um, na condição de entregar 25 gramas de maconha. Com o dinheiro, vão até a boca de fumo e, como vão comprar uma grande quantidade, eles conseguem desconto. Seria como se estivessem pagando R$ 40 pelas mesmas 25 gramas, proporcionalmente.”
Na verdade, os intermediários do tráfico compram porções e as deixam no porta-malas de seus carros, onde há também uma balança de precisão. Dividem a erva em pacotes de 25 gramas e fazem as entregas em pontos pré-combinados.
E para uma melhor distribuição e despistar a polícia, os intermediários colocam seus carros em estacionamentos. Dessa vez, eles estavam em um na Rua Tupinambás, entre Rua da Bahia e Avenida Amazonas, onde foram encontradas mais drogas e a balança. Os dois intermediários foram levados, junto com a droga, para o Deflan 2.