“Em cada barraca, só uma pessoa pode ficar no caixa e isso será fiscalizado. Reativamos o setor de artesanato e a praça de alimentação, mas as refeições não podem ser feitas no local, somente o sistema ‘pegue e leve’ está liberado”, acrescenta. Segundo Rocha, em cada edição do evento, são movimentados entre R$ 95 e R$ 100 mil, aos sábados, e R$ 35 a R$ 40 mil, às quartas-feiras, num total de cerca de R$ 500 mil ao mês.
Hortifrutigranjeiros frescos e, mais recentemente, minimamente processados – picados, higienizados e embalados para irem direto para a panela – quitandas, queijos, defumados, compotas, pães, bolos e doces são algumas das opções para rechear a sacola de feira.
Em 15 de março, com a publicação do estado de emergência em saúde pública, na cidade, o evento foi suspenso. No fim de abril, houve a primeira reabertura aos sábados, mas, com o sistema de rodízio de CPF e as barreiras sanitárias, que reduziu o número de expositores de 120 para 80, o movimento caiu muito. A prefeitura, então, decidiu mudar para domingo, quando não havia limitação de CPF para ir às compras.
“Mas acho que o pessoal acostumou com a feira no sábado, porque, no domingo, não deu ibope. As vendas caíram 50%. Nossa esperança é que, aos poucos, vá melhorando o movimento, mas acho que ainda vai demorar”, afirma o agricultor José Carlos Vítor, de 62 anos. Há três anos, ele leva seus produtos – verduras, legumes, frutas, feijão – da localidade rural chamada Varginha, a 20 quilômetros do Centro de Viçosa.
Grande parte dos produtores participantes da feira livre municipal também fornece seus produtos para preparo da merenda escolar da rede municipal de ensino, por meio do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Por lei, os municípios são obrigados a contratar ao menos 26% dos insumos desses fornecedores. Em Viçosa, eles atendem 65% das encomendas, com entregas de até 150 toneladas de alimentos por semestre.
Doação de mudas
Quem for à feira livre, tem ainda a chance de ganhar uma muda de tempero, verdura e planta medicinal. É o projeto Minha Horta, criado para incentivar o cultivo dos canteiros em pequenos espaços, dentro de casa.
As mudas são distribuídas gratuitamente em uma barraca da prefeitura montada na feira. Os interessados podem levar até três unidades de cada variedade disponível no dia. As plantas são acompanhadas de um folheto informativo com dicas sobre as formas corretas de plantio, cultivo e rega.