Suspensa por seis meses, a Feira de Plantas e Flores Naturais voltou a ser realizada nesta sexta-feira (25), na Avenida Carandaí, no Bairro Funcionários, Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Nesse primeiro dia, pela manhã, entre os poucos expositores que conseguiram se organizar para retornar as atividades em tempo hábil, o clima foi de entusiasmo.
“Foi uma correria, mas não foi tão difícil não, porque a gente tem 30 anos de experiência então já temos o lugar certo de comprar as plantas. Foi mais difícil ela (a feira) poder voltar. Estou muito feliz, nós estamos recomeçando”, afirmou a feirante Catarina Takenaka.
Criada há mais de 35 anos, a feira apresenta mais de 60 tipos de plantas e flores e, nesse primeiro dia, as diferentes espécies de orquídeas se destacaram nas barracas que costumam apresentar, em “tempos normais”, mais de 60 tipos de variedades.
Vera Lucia Marques, de 73 anos, que assim como Takenaka trabalha há 30 anos na feira. disse que o movimento, mesmo que discreto, surpreendeu. “Para o primeiro dia está até bom. São poucos vendedores, poucas barracas e a gente está vendendo bem”, observou. Dos 30 expositores que fazem parte da feira, apenas sete compareceram ao local.
Segundo decreto publicado nessa quinta-feira (24) no Diário Oficial do Município, os principais cuidados a serem tomados no retorno das feiras livres incluem o uso obrigatório de máscara; higienização das mãos dos visitantes todas as vezes que requisitarem uma mercadoria, direcionamento de filas e demarcação de espaços para evitar aglomerações, observando o distanciamento de 2 metros entre as pessoas. Apesar de pertencer ao grupo de risco, Dona Lucia conta que não teve receio em voltar ao trabalho em meio a pandemia. “Todos estão usando a máscara, álcool em gel. Nós colocamos plástico filme nas máquinas de cartão. Estou me sentindo segura, está tranquilo.”
Para Graça Farinelli, a volta da feira foi uma oportunidade para sair de casa e passear. “Eu não estou saindo muito, mas hoje vim para ver como é que está. Pena que não estão todos. Eu acho que é bom para o bairro, é bom para a cidade, é alegria para todos. Enfeita a cidade”, disse.
* Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie.