Depois de seis meses fechados ao público, os clubes de Belo Horizonte reabriram neste sábado. Os sócios –impedidos de frequentar as dependências dos clubes desde 18 de março, por causa da pandemia de COVID-19, que matou 1220 pessoas na capital – puderam retornar neste sábado de sol.
Na Região Centro-Sul, a temperatura, que chegou aos 28ºC nesta por volta do meio-dia, ajudou a animar os sócios do Minas Tênis Clube, que ocuparam as piscinas e dependências do clube, no Bairro de Lourdes.
Por volta das 8h30, pouco mais de duas horas depois da abertura do clube, 350 sócios já haviam entrado. Na hora do almoço, a quantidade de socio presentes aumentou, chegando a 521 simultâneos. Ate o momento, 1755 pessoas já haviam passado pelo local. Como o clube tem dez portarias, não houve filas.
Na entrada, a professora Vania Maia afirmou estar se sentido segura com as medidas de segurança adotadas pelo clube.
“Parece que foram tomados todos os cuidados que devem ser cumpridos. E aqui sempre teve uma equipe que sempre tomou conta de tudo. Ate o tênis, se você tirar, e obrigado a calcar um chinelo. Acho que se alguém sair das regras, não vai poder permanecer. Temos um aplicativo que informa o numero de sócios. A gente já veio sabendo se poderíamos entrar ou não”, declarou.
Seu marido, o engenheiro Orsini Maia, se disse disposto a cumprir todas as regras para manter o bem estar de todos.
“Tem que ser assim. Afinal de contas, a pandemia ainda está aí. Todos os cuidados tem que ser tomados. Por exemplo, a piscina infantil está fechada. Somos sócios ha muito tempo e nunca deixaram de cuidar da segurança”, afirmou.
A lotação máxima permitida neste período de pandemia será de 2,5 mil pessoas. Segundo a direção do clube, em situação normal, o clube comporta até 9 mil pessoas.
Protocolos de segurança
Antes de acessar o Minas, todos os associados tiveram que assinar virtualmente um termo de responsabilidade, disponível no site da agremiação. No documento, estão descritas todas as medidas sanitárias e os protocolos de segurança estabelecidos pela Prefeitura de Belo Horizonte, como distanciamento e assepsia.
Na portaria, funcionários realizavam a medição da temperatura de todos que adentravam o espaço.
A entrada da imprensa também foi regulada. As equipes de reportagem foram recebidas com horário previamente agendado. Foi permitido o acesso de apenas um veiculo de comunicação por vez.
Dentro do clube, funcionários chamados de “apoios sociais” ficaram responsáveis pela fiscalização do cumprimento dos protocolos, como o uso de mascara. A retirada do acessório facial só era permitida dentro da piscina e para alimentação. Até para tomar sol, o uso do equipamento segue sendo obrigatório.
Segundo a administração de Minas, a implementação dos protocolos de segurança sanitária começou em abril, cinco meses antes da liberação dos clubes para reabertura. De acordo com o presidente da instituição, Ricardo Santiago, o clube se organizou com base nas diretrizes fixadas pela cidade de São Paulo, que permitiu a reabertura em 29 de junho.
As três unidades de BH – nos bairros de Lourdes, Mangabeiras e Taquaril – funcionarão com capacidade limitada de acessos simultâneos em suas dependências: 2,5 mil pessoas no Minas I; 1,2 mil no Minas II; e 600 no Minas Country.
A adaptação é necessária para atender ao distanciamento entre os frequentadores estabelecido pelo município em 2 metros dentro das piscinas, 7 metros nas áreas fechadas e 13 metros ao ar livre.
A adaptação é necessária para atender ao distanciamento entre os frequentadores estabelecido pelo município em 2 metros dentro das piscinas, 7 metros nas áreas fechadas e 13 metros ao ar livre.
Cerca de 2 mil litros de álcool em gel serão disponibilizados aos associados, que precisarão usar máscaras até mesmo durante a prática de esportes. As saunas não poderão funcionar, conforme exigência da PBH.
Outros serviços, como massagem e depilação, serão retomados a partir de 1° de outubro, mediante agendamento prévio, sem direito a leitura de jornais e revistas na sala de espera.