Jornal Estado de Minas

Após queima de ônibus, Guarda Municipal de Contagem escolta coletivos neste domingo

Após o incêndio do ônibus da linha 302 C (Estaleiro/Estação Eldorado), que ocorreu na noite desse sábado (26), a Guarda Municipal de Contagem (GCM) passou a escoltar coletivos de seis linhas neste domingo. 





As opções patrulhadas são 371 (Ypê Amarelo/Cidade Industrial), 302B (Icaivera - Metrô Via Darcy Ribeiro), 302A (Nova Contagem/Cidade Industrial), 302C (Estaleiro/Estação Metrô Eldorado), 370 (Nova Contagem/Cidade Industrial) e 302D (Tupã/Cidade Industrial). A corporação não informou por quanto tempo a ação vai perdurar.

O horário de circulação das linhas que começavam a rodar ainda de madrugada foi adiado para as 6h. Segundo nota divulgada pela Administradora Municipal de Trânsito e Transportes de Contagem (Transcon), a medida foi tomada para garantir a segurança dos usuários.

“Foi uma precaução ao risco de novos atos de vandalismo nos veículos das linhas municipais”, afirma o texto.  

A GCM também informou que há guarnições circulando por Contagem, a fim de coibir novos ataques. 




Queima em frente à penitenciária

O coletivo da linha 302 C foi queimado na noite deste sábado nas proximidades da muralha da penitenciária Nelson Hungria) em Contagem, região Metropolitana de Belo Horizonte. 

De acordo com a Polícia Militar (PM), o veículo foi invadido por quatro criminosos encapuzados. Eles pediram que os passageiros descessem e atearam fogo no coletivo. Ninguém ficou ferido. 

A Polícia Civil de Minas Gerais investiga a relação entre a queima do ônibus e o sistema prisional. 

Na mesma noite, os presos da Nelson Hungria organizaram um motim. Segundo a Frente Estadual pelo Desencarceramento de Minas Gerais, o principal motivo do protesto são os novos protocolos fixados para a visita aos detentos. Em razão da pandemia de COVID-19, os encontros são mensais, duram apenas 20 minutos e são realizados no parlatório, ambiente em que as pessoas ficam separadas por um vidro. 

O coletivo queimado no sábado é o sexto registrado no período de 17 dias. Em ao menos três ataques, os bandidos deixaram bilhetes e recados em que justificavam o ato como protesto por melhores condições nas prisões do estado.