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Estado de Minas OPERAÇÃO DA PF

Quatorze pessoas são presas por venda ilegal de remédios de emagrecimento

As prisões e apreensões aconteceram em cidades de Minas Gerais, São Paulo e Bahia


29/09/2020 10:32 - atualizado 29/09/2020 12:21

Medicamento era produzido em Uberlândia e em São Paulo(foto: Divulgação/Polícia Federal)
Medicamento era produzido em Uberlândia e em São Paulo (foto: Divulgação/Polícia Federal)
Quatorze pessoas
foram presas na manhã desta terça-feira (29) durante a operação Work Out da Polícia Federal (PF) de Uberlândia, no Triângulo Mineiro. Segundo as investigações, elas faziam parte da produção de medicamento clandestino, que seria fitoterápico, mas era manipulados com substâncias como anorexígeno, antidepressivo e ansiolítico. As prisões e apreensões aconteceram em Minas Gerais, São Paulo e na Bahia. A estimativa da PF é ter confiscado R$ 10 milhões em bens da organização criminosa.

As investigações duraram seis meses e nesta terça-feira (29) foram cumpridos 14 mandados de prisão preventiva e 31 mandados de busca e apreensão, todos expedidos pela 5ª Vara Criminal da Comarca de Uberlândia.

Segundo o delegado chefe da PF no Município, Almir Soares, o trabalho começou por meio de denúncias e as apurações mostraram que, além dos produtos não terem registro em órgãos sanitários, a composição supostamente natural era falsa. “Medicamentos estariam sendo vendidos com formulação pretensamente 100% fitoterápica e supostamente inofensiva, mas havia aditivos químicos que são controlados, com potencial dano à saúde e que podem até levar á morte se usados indevidamente”, disse Soares.

Ainda segundo a PF, o produto, que prometia perda de peso, tinha produção em laboratórios clandestinos, sem respeitar regras sanitárias e tinha na fórmula itens como sibutramina e fluoxetina. Durante as investigações foi constatado que a manipulação do medicamento chegou a ser realizada por pessoas diagnosticadas com COVID-19.

O delegado explicou que as substâncias que são vendidas por meio de órgãos sanitários eram conseguidas por meio de farmácias que as compravam legalmente, mas depois revendiam para os fabricantes do medicamento ilegal. Ele era produzido em Uberlândia e também em São Paulo (SP). Os rótulos, contudo, apontavam Florianópolis (SC) como local de fabricação e traziam CNPJ, farmacêutico responsável e nome de empresa falsos. A venda era feita por meio da internet e a organização também tinha vendedores que faziam o trabalho corpo a corpo. A organização movimentava 70 mil frascos dos produtos por semana.

Os presos
Os mandados de prisão e de busca aconteceram nas cidades de Uberlândia, Ituiutaba, Araxá e Belo Horizonte, em Minas Gerais, Cajamar e São Paulo, capital, e Livramento de Nossa Senhora e Rio de Contas, na Bahia. Duas farmacêuticas foram presas, além de dois empresários e quatro envolvidos com produção e venda do produto.

Crimes
Os indiciamentos, de acordo com Almir Soares, serão de participação de organização criminosa e crime de venda de produto adulterado ou falsificado. Mas ainda é apurado o patrimônio dos indivíduos envolvidos no esquema, que vão de fazendas a automóveis de luxo, e que estariam sendo ocultados em nome de terceiros, em ação de lavagem de capitais.


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