O governado Romeu Zema (Novo) fez a entrega simbólica de 40 respiradores para a macrorregião Oeste, nesta quarta-feira (30). Formiga, no Centro-Oeste do estado, irá receber 25 aparelhos e Campo Belo, no Sul de Minas, os outros 15 para tratamento de pacientes com COVID-19. Eles foram doados para as unidades de saúde em parceria com a Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg).
Os respiradores vão possibilitar a ampliação de leitos da Santa Casa de Misericórdia dos dois municípios. Além disso, os hospitais receberam, juntos, R$ 528 mil em recursos estadual e federal como incentivo financeiro pela disponibilização de novas vagas de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Foram 12 em Formiga e 10 em Campo Belo.
Em toda a macrorregião Centro-Oeste, o governo de Minas entregou 71 equipamentos, sendo 62 ventiladores invasivos, sete bipaps e dois cardioversores para o fortalecimento da rede de saúde durante a pandemia.
“O pior ficou para trás”
A estruturação do sistema de saúde foi tratada pelo governador como uma primeira fase da pandemia. Ao mesmo tempo em que reconheceu que ela está longe de acabar, afirmou que o “pior ficou para trás”. “E isso é muito bom, já nos permite pensarmos em uma segunda etapa”, afirmou.
Exemplificando com a queda de óbitos diários, Zema ainda comparou a taxa de letalidade do vírus em Minas, hoje em 2,5%, com a do Brasil, em 3%.
“Se o Brasil tivesse uma taxa equivalente à de Minas, estaríamos falando de mais de 65 mil vidas poupadas, porque a diferença é muito grande, nossa taxa de óbito é praticamente a metade da do Brasil”, comparou.
Os números, segundo Zema, possibilitam ao Estado planejar a segunda etapa da pandemia, que é a retomada da economia com o programa “Avança Minas”: “Porque, além de salvar vidas, temos de salvar empregos também”.
O projeto foi lançado há cerca de 15 dias e inclui incentivos para instalação de empresas e geração de mais de 35 mil empregos.
O governador voltou a destacar o que chamou de “agilidade” na adoção de medidas preventivas contra o novo coronavírus. Atribui aos planos de contingências e ao programa Minas Consciente a amenização do impacto.
Disse que, apesar das quase 7 mil vidas perdidas no estado em decorrência da doença, nenhum paciente ficou sem atendimento.
Zema comparou a situação a um incêndio florestal: “Se você age rápido quando há poucos focos, consegue controlar, caso contrário perde-se o controle (...) E por todo esse trabalho, hoje Minas é o estado com menor taxa de óbitos do Brasil”.
Minas contabiliza 7360 mortes em decorrência do novo coronavírus. Já são 295.169 casos confirmados e 260.674 pacientes recuperados, segundo o boletim divulgado nesta quarta-feira (30).
Parceria
O presidente da Fiemg, Flávio Roscoe, ressaltou a importância da parceria entre governo do estado e setor empresarial para auxiliar no combate à doença.
“Os respiradores serão úteis para aliviar a saúde não só neste momento de pandemia, mas poderão salvar muitas vidas quando esta fase passar”, enfatizou.
A entidade doou 1,6 mil respiradores aos municípios mineiros, destes, 141 ficaram no Centro-Oeste de Minas.
*Amanda Quintiliano especial para o EM